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Coletes amarelos voltam a ruas da França e entram em conflito com polícia

Agentes usaram bombas de gás lacrimogêneo para dispersar a multidão e prenderam ao menos 200 pessoas em Paris

Por Julia Braun Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 12 set 2020, 13h53

Após uma pausa durante a quarentena imposta pela pandemia de coronavírus, os coletes amarelos retornaram às ruas da França neste sábado, 12. Após confrontos com a polícia, os agentes usaram bombas de gás lacrimogêneo para dispersar a multidão e prenderam ao menos 200 pessoas em Paris.

Centenas de pessoas se reuniram nos pontos de encontro de dois grandes atos no centro da capital. As manifestações foram autorizadas pelas autoridades, mas alguns grupos de ativistas saíram da rota programada e atearam fogo a latas de lixo e carros. Diante do desvio, a polícia reagiu com violência.

Alguns dos manifestantes usavam roupas pretas e carregavam a bandeira de um movimento antifascista, sugerindo a presença de black blocks, muitas vezes culpados pela violência. Até às 15h do horário local (10h em Brasília), 222 pessoas foram presas. Segundo a polícia, a maior parte delas foi detida por carregar objetos não autorizados que poderiam ser usados como armas.

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“Nossas reivindicações não mudaram: acesso a uma vida melhor, a uma democracia mais direta e participativa, mais justiça social e fiscal. E, acima de tudo, respeito e reconhecimento de cada cidadão”, escreveu uma das lideranças dos coletes amarelos na página do grupo no Facebook antes da manifestação.

Jérôme Rodrigues, figura ativa do movimento, também fez um apelo “pela desobediência civil total” nas redes sociais. Ele ainda comparou os policiais a um “bando de nazistas”, numa troca de mensagens no Twitter. O caso levou o ministro do Interior francês, Gerald Darmanin, a apresentar uma queixa contra o integrante dos coletes amarelos.

O grupo ganhou o apelido por conta das vestes amarelas que muitos dos manifestantes usam. O movimento ganhou força em 2018 e seus integrantes nunca pararam de sair às ruas, até o isolamento social imposto pela pandemia.

A manifestação deste sábado, porém, acontece no momento em que a França lida com o aumento repentino de casos da doença. Os casos diários de no país atingiram um recorde na quinta-feira 10 de quase 10.000.

Um dia depois, o primeiro-ministro Jean Castex anunciou planos para acelerar os testes e endurecer medidas em certas cidades, enquanto o governo tenta evitar uma repetição da rígida quarentena instalada no início da crise. A polícia pediu aos manifestantes que respeitem as medidas contra o coronavírus em Paris, que está entre as “zonas vermelhas” de alto risco da França e onde é obrigatório o uso de máscara nas ruas.

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