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Cinemas, teatros e casas de espetáculo voltam a funcionar em Portugal

Com reabertura do Coliseu em Roma e retomada das atividades comerciais na Rússia, Europa dá mais um passo para uma espécie de retorno à normalidade

Por Da Redação
Atualizado em 1 jun 2020, 10h59 - Publicado em 1 jun 2020, 10h14

Após dois meses e meio fechados devido à pandemia de coronavírus, cinemas, teatros e casas de espetáculos reabrem as portas a partir desta segunda-feira, 1, em Portugal, que segue com o processo de flexibilização do confinamento.

Os clubes esportivos também retomam as atividades, com novas normas de saúde, e o teletrabalho deixa de ser obrigatório. Os centros comerciais também poderão reabrir as portas, com exceção da região de Lisboa, que nos últimos dias registrou um aumento do número de casos de Covid-19 mais expressivo que o restante do país.

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“A evolução da situação na região Lisboa é claramente diferente do restante do país”, afirmou o primeiro-ministro António Costa.

Dos 297 novos casos de Covid-19 registrados em 24 horas, 268 aconteceram na região de Lisboa, de acordo com o balanço oficial publicado no domingo. Portugal registra 1.410 mortes e 32.500 casos declarados devido à pandemia.

Reabertura na Europa

Da reabertura do Coliseu em Roma à retomada das atividades nos estabelecimentos comerciais da Rússia, a Europa deu mais um passo nesta segunda-feira para uma espécie de retorno à normalidade ante a pandemia de coronavírus.

Apesar de um recente aumento do número de novos casos diários, Moscou flexibilizou as restrições mais um pouco nesta segunda. Assim, após mais de dois meses de fechamento, o governo autorizou a abertura de estabelecimentos comerciais não essenciais. Os moradores da capital russa podem sair para passear, mas sempre de máscara e respeitando um sistema de horários.

Embora viajar de um país para outro seja praticamente impossível, os locais turísticos mais importantes voltaram a abrir as portas na Europa. Nesta segunda-feira foi a vez do Museu Guggenheim de Bilbao (Espanha), do Grande Bazar de Istambul (Turquia), com suas 3.000 lojas e 30.000 comerciantes, e do Coliseu de Roma, iluminado para a ocasião com as cores da bandeira da Itália.

Conhecido por seu edifício sinuoso de vanguarda, projetado pelo arquiteto Frank Gehry, o Guggenheim será aberto com horário reduzido, das 14h às 19h, no mês de junho. A Espanha, um dos países mais afetados pela pandemia, com mais de 27.000 vítimas fatais, decretou um confinamento rígido em 14 de março.

Para a Itália, a reabertura do Coliseu, após outros monumentos e pontos históricos nos últimos dias, deve ajudar na recuperação do setor crucial do turismo, muito afetado pelo coronavírus, que deixou mais de 33.000 mortos no país.

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América Latina

O panorama sombrio contrasta com o que acontece na América Latina, que superou no domingo a barreira simbólica de 1 milhão de casos, em particular no Brasil, país com 514.849 contágios e mais de 29.000 mortes.

Com 210 milhões de habitantes, o país é cenário de uma grande tensão política, já que o presidente Jair Bolsonaro se opõe ao confinamento decretado por vários governadores e prefeitos. No domingo, em seu mais recente desafio, ele se aproximou de seus apoiadores em Brasília, sem usar máscara, embora tenha evitado apertar as mãos, enquanto em São Paulo aconteceram confrontos entre manifestantes opostos a Bolsonaro e seguidores do presidente contrários às medidas de confinamento impostas no estado.

A pandemia avança com velocidade no continente. Com 120 milhões de habitantes, o México tem mais de 90.000 casos declarados e se aproxima de 10.000 mortes. O Peru, de 33 milhões de habitantes, registra quase 4.500 vítimas fatais, mas é o segundo país latino-americano em número de casos de Covid-19, com 164.476 infectados

Ontem, o Chile superou a marca de 1.000 óbitos e se aproxima de 100.000 contágios. O país, de 18 milhões de habitantes, registrou uma brusca mudança de cenário da doença nas últimas duas semanas.

(Com AFP)

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