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China deve mostrar que não é um agente de instabilidade em Taiwan, diz EUA

Em entrevista à rede CNN, embaixador americano em Pequim disse que o governo chinês precisa mostrar que irá agir pacificamente no futuro

Por Da Redação
19 ago 2022, 14h21

O embaixador dos Estados Unidos em Pequim, Nicholas Burns, disse nesta sexta-feira, 19, que a China precisa convencer o resto do mundo de que não é um “agente de instabilidade” na situação de Taiwan e que agirá pacificamente no Estreito taiwanês. 

Em entrevista à rede CNN, Burns disse que a reação dos chineses à visita da líder da Câmara americana, Nancy Pelosi, à ilha foi exagerada e que acredita que não deve haver uma crise na relação entre os dois países, completando que a crise foi “fabricada” por Pequim. 

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“Acho que há muita preocupação em todo o mundo de que a China se tornou um agente de instabilidade no Estreito de Taiwan e isso não é do interesse de ninguém. Agora cabe ao governo chinês mostrar que agirá pacificamente no futuro”, disse o embaixador. 

Burns, que também é ex-embaixador americano na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), chegou à capital chinesa em março e precisou lidar com uma série de questões envolvendo os dois países, incluindo possíveis violações dos direitos humanos, práticas comerciais e expansão militar no Pacífico. Além disso, as rigorosas restrições por causa da Covid-19 ainda em vigor na China colocam-no ainda mais ativo na linha de frente das negociações. 

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A situação ficou clara em 2 de agosto, quando o vice-ministro das Relações Exteriores chinês convocou Burns para uma reunião no exato momento em que o avião de Pelosi chegou a Taipei. Segundo ele, o encontro marcou o reconhecimento do direito da líder da Câmara em visitar a ilha, acrescentando que pediu ao ministro que garantisse a promoção de paz e da estabilidade na região. 

“Ao invés disso, Pequim respondeu com os treinamentos militares para intimidar e coagir as autoridades taiwanesas, conduzindo uma campanha para culpabilizar os Estados Unidos pelos seus atos. Se um governo reage de forma agressiva para perturbar a paz, isso preocupa o mundo”, completou. 

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A viagem de Pelosi à ilha, a primeira de um presidente da Câmara dos Estados Unidos em exercício em 25 anos, foi veemente criticada pelo Partido Comunista Chinês, que enxerga a região como parte de seu território. Após a visita, Pequim aumentou a pressão sobre Taiwan por meio da aplicação de penalidades econômicas e realizando uma série de treinamento ao redor da ilha com armamento real pela primeira vez. 

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A China também cancelou negociações formais com os Estados Unidos para coordenação de políticas de defesa e de ações climáticas quando Pelosi deixou a Ásia após uma turnê de alguns dias.

Em julho, duranteuma  ligação de mais de duas horas entre os presidentes Joe Biden e Xi Jinping, a China enfatizou a reivindicação sobre a ilha, que não tem a independência reconhecida por Pequim e é vista como uma “província rebelde”. 

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Apesar de não contestarem a soberania de Pequim em relação a Taiwan, e não manterem relações diplomáticas formais com a ilha, os Estados Unidos seguem um posicionamento definido como “ambiguidade estratégica”. Existe um acordo de fornecimento de armas e assistência à ilha, e a potência se diz comprometida a garantir que ela possa se defender.

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