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China confina cidade de 3,6 milhões de habitantes após surto de Covid

Além da política de tolerância zero, medida foi tomada devido à preocupação com Jogos Olímpicos de Inverno e Ano Novo Lunar

Por Matheus Deccache 7 fev 2022, 12h31

Como parte de sua estratégia de Covid zero, o governo da China impôs nesta segunda-feira, 7, um lockdown total em mais uma cidade do país. O bloqueio de Baise, cidade na fronteira do Vietnã com cerca de 3,6 milhões de habitantes, acontece após um morador testar positivo para o coronavírus no último fim de semana.

Por conta do caso, autoridades locais decretaram que testes fossem feitos em mais de 200.000 residentes da região de Debao, onde mora o homem. Até esta segunda-feira, 99 casos da doença haviam sido confirmados e de acordo com o vice-diretor da comissão de saúde regional, dois dos casos identificados são da Ômicron, variante responsável pelo aumento de infecções em todo o mundo.

A medida é parte da estratégia do governo chinês de eliminar totalmente a circulação do vírus ao invés de conviver com ele em níveis baixos de propagação. Entre as restrições impostar a Baise estão a proibição de viagens desnecessárias e a ida às escolas, além do fechamento de negócios não essenciais. Apenas profissionais da área da saúde poderão circular pelas ruas da cidade mediante a apresentação de passes especiais. 

O fechamento ocorre em um momento de preocupação para o governo chinês devido ao Ano Novo Lunar e aos Jogos Olímpicos de Inverno, em Pequim, iniciados na última sexta-feira e com duração até 20 de fevereiro. Até o momento, dezenas de atletas e funcionários envolvidos com os Jogos foram diagnosticados com o coronavírus, porém as competições não foram interrompidas. 

De acordo com o comitê organizador, 24 funcionários testaram positivo e outros 13 casos foram identificados na chamada “bolha olímpica”, onde estão isolados todos os envolvidos no evento. Desses casos, cinco são de atletas ou membros das delegações participantes. 

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No final de janeiro, a população de Pequim foi obrigada a lidar com confinamentos e testes em massa. Ao menos seis bairros sofreram bloqueios e alguns voos e trens para a capital foram suspensos para impedir a vinda de pessoas de áreas com surtos. 

Já em relação ao Ano Novo chinês, há a preocupação pelo grande número de viagens domésticas. O maior festival do país, iniciado na última terça-feira, já fez com que mais de 260 milhões de pessoas viajassem domesticamente e, de acordo com o governo, esse número deve chegar a 1,2 bilhão, um aumento de 36% em relação ao ano anterior. 

O novo confinamento traz temores também ao setor econômico. Em entrevista à Reuters, um guia turístico da região de Guangxi, onde fica Baise, disse que foi aconselhado por funcionários de sua empresa a não aceitar novos grupos de viagem durante a última crise.

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“Minha renda é basicamente zero”, disse ele, que já foi afetado por lockdowns anteriores. Também à Reuters, o recepcionista de um hotel disse que a taxa de ocupação esperada para esse ano dificilmente será alcançada. 

A China detectou 45 casos de transmissão local no último domingo, acima dos 13 registrados no dia anterior. Já o número de mortes permanece inalterado – 4.636, desde o início da pandemia. 

No início de janeiro, o governo chinês implementou grandes fechamentos em três cidades diferentes no mais amplo lockdown desde o surto inicial em Wuhan, em 2020. Os moradores de Anyang, Xian e Yuzhou foram proibidos de sair às ruas e todos os serviços não essenciais foram fechados. Ao todo, mais de 20 milhões de chineses foram afetados pela medida. 

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