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Chega de burocracia: Japão declara guerra aos disquetes

Apesar de ser reconhecido na área de inovação tecnológica, o país ainda se apega à dispositivos antiquados em trâmites burocráticos

Por Da Redação
Atualizado em 1 set 2022, 14h10 - Publicado em 1 set 2022, 14h10

O ministro de Assuntos Digitais do Japão, Taro Kono, criticou o uso de tecnologias ultrapassadas em processos administrativos do país.

Durante uma entrevista coletiva na terça-feira 30, Kono anunciou uma reforma no sistema burocrático do país que visa substituir o uso de dispositivos antiquados como disquetes e CDs por métodos de armazenamento de informações on-line. Além de substituir aparelhos de fax por e-mails.

“Onde se compra um disquete hoje em dia?”, questionou o ministro, que também prometeu acabar com o uso de aparelhos de fax nas repartições públicas do país.

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Kono, que já ocupou a posição de chefe de Relações Exteriores e de Defesa do Japão, foi empossado no cargo de ministro digital em meados de agosto pelo primeiro-ministro Fumio Kishida.

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“A transformação digital é uma área chave de investimento sob a ‘nova forma de capitalismo’ e para promovê-la fortemente, decidi nomear o Sr. Kono para o cargo”, disse o premiê durante a nomeação.

Apesar de ser reconhecido globalmente como celeiro de inovação tecnológica, o Japão ainda exige o uso de disquetes e CDs em cerca de 1.900 procedimentos governamentais.

Entre os fatores apresentados para a perpetuação de mídias arcaicas no país, constam a baixa alfabetização digital e uma cultura burocrática com atitudes conservadoras perene entre os japoneses.

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Em 2018, o ministro da segurança cibernética do país chocou o mundo ao admitir que nunca havia usado um computador, alegando que sempre delegava tarefas digitais à sua equipe de Tecnologia da Informação.

Os disquetes foram criados no final da década de 1960, mas se tornaram obsoletos três décadas depois, graças a soluções de armazenamento mais eficientes. Mais de 20.000 dispositivos do tipo seriam necessários para replicar um cartão de memória médio, que armazena 32 gigabytes de informações.

Mas o legado do dispositivo em formato quadrado ainda pode ser testemunhado até hoje, pois sua aparência visual inspirou o tradicional ícone “salvar”.

Autoridades dos Estados Unidos também foram pegas usando disquetes para gerenciar informações sobre seu arsenal nuclear durante os anos 2010 – embora essa prática tenha sido descartada no final da década.

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