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Casal retido em campo de quarentena no Vietnã retorna ao Brasil

Paulistanos testaram negativo para o novo coronavírus, mas foram deixados isolados em condições precárias por sete dias

Por Julia Braun Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 20 mar 2020, 15h18 - Publicado em 20 mar 2020, 14h43

O casal de brasileiros que ficou retido em um campo de quarentena para estrangeiros com suspeita de contaminação por coronavírus no Vietnã por seis dias retornou ao Brasil na noite desta quinta-feira 19. Ricardo e Beatriz Riedel ficarão em isolamento em sua casa por sete dias.

“Estamos exaustos, mas estamos bem”, afirmou Ricardo a VEJA. Os paulistas naturais da capital São Paulo foram classificados no grau mais alto de ameaça de contaminação pelas autoridades vietnamitas após desembarcaram de um voo na cidade de Ho Chi Minh procedente de Hanói na última sexta-feira 13. O casal, contudo, não entrou em contato direto com nenhum infectado.

Entretanto, Ricardo e Beatriz fizeram uma viagem de barco de três dias com dois britânicos que, antes, haviam pegado um voo no qual uma comissário de bordo foi diagnosticada com Covid-19. “Houve um erro de classificação, pois não deveríamos ter sido enquadrados como risco alto”, diz Riedel, dono do Grupo Editorial Pensamento. “Os britânicos, sim, mas nós não tivemos contato com ninguém infectado”. Os dois ingleses, que foram levados ao mesmo campo de quarentena que os brasileiros, também receberam resultados negativos para a contaminação.

O local da quarentena forçada onde o casal passou sete dias é uma instalação do Exército vietnamita, ao sul da cidade de Ho Chi Minh, que foi desocupada para abrigar os estrangeiros durante esta pandemia de coronavírus. Os paulistanos relatam que os funcionários locais não falam inglês e que tornou-se impossível a comunicação com os responsáveis pelo campo.

Ricardo ainda relata que as condições no local são péssimas e que a comida era “intragável”. Segundo a família, o casal perdeu vários quilos durante o período de quarentena.

“O lugar é extremamente precário, tem gente dormindo até em esteiras por falta de camas”, disse o administrador de empresas a VEJA quando ainda estava retido no campo. “A temperatura é constantemente de 38 graus, tem insetos o tempo todo, e não conseguimos fechar as janelas. Procuramos não sair do quarto para evitar contato com as outras pessoas, mas é como se estivéssemos enjaulados”.

Ricardo, de 66 anos, se preocupava com o fato de ele e sua mulher, de 65 anos, estarem no grupo considerado de risco para a doença, e temiam serem contaminados pelas demais pessoas no local.

A Embaixada do Brasil em Hanói foi acionada para tratar do caso e entrou em contato com o casal e com as autoridades locais. Questionada sobre a situação, a Embaixada do Vietnã em Brasília afirmou que as instalações do Exército foram esvaziadas para “maior conforto” dos estrangeiros em quarentena e classificou os campos de isolamento como “bons”.

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