Carro-bomba explode e ao menos 15 morrem em Damasco
Para governo, ataque suicida foi cometido por terroristas contra civis
A explosão de um carro-bomba no centro de Damasco deixou pelo menos 15 mortos e mais de 50 feridos nesta segunda-feira, informou uma fonte médica à agência France-Presse. Segundo a imprensa estatal, foi um atentado suicida cometido por terroristas contra civis. “Terroristas explodiram um carro-bomba entre a praça Sabee Bahrat e a rua Shahbandar”, anunciou a emissora de televisão Al Ijbariya, exibindo imagens de corpos e veículos queimados.
Entenda o caso
- • Durante a onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o governo do ditador Bashar Assad.
- • Desde então, os rebeldes enfrentam forte repressão pelas forças de segurança. O conflito já deixou dezenas de milhares de mortos no país, de acordo com levantamentos feitos pela ONU.
- • Em junho de 2012, o chefe das forças de paz das Nações Unidas, Herve Ladsous, afirmou pela primeira vez que o conflito na Síria já configurava uma guerra civil.
- • Dois meses depois, Kofi Annan, mediador internacional para a Síria, renunciou à missão por não ter obtido sucesso no cargo. Ele foi sucedido por Lakhdar Brahimi, que também não tem conseguido avanços.
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Uma potente explosão foi ouvida, seguida de tiros numa área residencial de Damasco, onde se encontra uma escola e o Banco Central. Todas as janelas do escritório da AFP, que fica na praça Sabee Bahrat, quebraram após o ataque, assim como os vidros de muitas lojas localizadas na região. As forças de segurança e o Exército da Síria impediam o acesso ao local da explosão.
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O último atentado suicida em Damasco ocorreu em 21 de março, quando 49 pessoas morreram, incluindo Mohammed al-Buti, um clérigo sunita pró-governo. Na ocasião, o regime chamou os autores do ataque de “terroristas”, termo utilizado para citar os rebeldes que combatem as tropas oficiais e recebem ajuda de jihadistas que já reivindicaram outros atentados suicidas, em particular em Damasco.
(Com agência France-Presse)