Biden indica que toda a população dos EUA terá acesso à vacina até agosto
Com a compra de mais 200 milhões de doses de imunizantes contra a Covid-19, presidente prevê que nação estará 'significativamente melhor' em setembro
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, adotou pela primeira vez um tom mais otimista em relação à pandemia do novo coronavírus. Todos os mais de 328 milhões de americanos poderão obter pelo menos a primeira dose de uma vacina contra a Covid-19 até o final de julho, ele indicou na terça-feira 16.
Durante uma reunião aberta na cidade de Milwaukee, em Wisconsin, o apresentador da CNN Anderson Cooper perguntou quando toda população “poderia assegurar a vacina”. Biden respondeu sem hesitação: “No final de julho deste ano”. Depois, especificou que a data é quando os imunizantes estarão “disponíveis”, mas pode demorar um pouco mais para aplicar as doses.
Mesmo assim, é a primeira vez que Biden fala com mais otimismo sobre a possibilidade de um retorno à normalidade, na medida do possível. Tão recentemente quanto na semana passada, o presidente lamentou o “gigantesco” desafio logístico da campanha de vacinação, e desde o período de campanha procurou oferecer garantias realísticas, reporta o jornal The New York Times.
Desta vez, embora tenha dito que não queria “prometer demais”, o democrata afirmou que “no próximo Natal, acho que estaremos em uma situação muito diferente”. Além disso, declarou que no início do próximo ano letivo – que nos Estados Unidos começa em setembro –, a nação estaria “significativamente melhor do que estamos hoje”.
Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDCs) publicaram na última sexta-feira 12 diretrizes que exortam os escolas a reabrirem o mais rápido possível, seguindo precauções de segurança.
Compra de vacinas
Na semana passada, o governo Biden fez a compra antecipada de mais 200 milhões de doses de vacinas contra o coronavírus. Somadas às que já haviam sido asseguradas, e representando um aumento de 50% no estoque, são o suficiente para imunizar todos os adultos americanos (300 milhões de pessoas) até o final do verão boreal.
Temperado, o presidente fez a ressalva: “Uma coisa é ter a vacina. Outra coisa é ter vacinadores”.
Biden pediu novamente na terça-feira que os americanos se vacinassem. Segundo o Times, ele defendeu a vacina feita pela empresa Johnson & Johnson, que se mostrou ligeiramente menos eficaz contra algumas das variantes mais contagiosas do coronavírus do que as duas já em uso – uma da Moderna e outra da Pfizer, em parceria com a BioNTech.
Segundo ele, se o fármaco for aprovado pela FDA (agência regulatória de medicamentos), a população precisa confiar na avaliação e aceitar o imunizante.
“A noção clara é: se você é elegível, e se [uma dose] estiver disponível, tome a vacina”, disse Biden.