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Biden chama Xi de ‘ditador’ após cúpula para reabilitar relação China-EUA

Encontro planejado cuidadosamente retomou linhas de contato diretas entre Washington e Pequim, mas comentário pode ser balde de água fria

Por Da Redação
Atualizado em 16 nov 2023, 09h01 - Publicado em 16 nov 2023, 08h58

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, voltou a afirmar na noite de quarta-feira 15 que considera o líder chinês, Xi Jinping, um ditador. O comentário, logo após uma cúpula entre os dois chefes de Estado para restabelecer relações ainda muito estremecidas entre os países, será um baque para Pequim,

Biden deu uma coletiva de imprensa solo após quatro horas de negociações com Xi, nos arredores de São Francisco, Califórnia. Um dos repórteres perguntou-lhe se mantinha a opinião de que o líder chinês era um ditador, algo que havia dito anteriormente, em junho.

“Olha, ele é. Ele é um ditador, no sentido de que é um cara que dirige um país que é comunista, baseado em uma forma de governo totalmente diferente da nossa”, afirmou Biden.

+ Não é só Israel que corre contra o relógio: Joe Biden também tem prazo

Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores da China declarou que “se opõe fortemente” aos comentários, sem mencionar o nome do presidente americano.

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“Esta declaração é uma manipulação política extremamente errada e irresponsável”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning, em um briefing de rotina nesta quinta-feira.

“Deve-se salientar que sempre haverá algumas pessoas com segundas intenções que tentam incitar e prejudicar as relações Estados Unidos-China; elas estão fadadas ao fracasso”, acrescentou, sem especificar a identidade dessas “algumas pessoas”.

+ Depois de meses de atrito, Xi e Biden se encontram nos EUA

Durante o encontro entre Biden e Xi, ambos concordaram em abrir uma linha direta de comunicação presidencial, retomar as comunicações entre militares americanos e chineses (cortados por Pequim em agosto de 2022, devido à visita da então presidente da Câmara americana, Nancy Pelosi, a Taiwan), além de colaborar para tentar reduzir a produção de fentanil, um opioide por trás de epidemias de vício tanto nos Estados Unidos como na China.

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Apesar de singelos, foram progressos tangíveis, especialmente para a primeira reunião presencial entre os dois chefes de Estado em mais de um ano. No entanto, o comentário sobre o “ditador” pode ser um balde de água fria para Pequim.

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Em março passado, Xi conquistou um terceiro mandato como presidente por unanimidade, quando quase 3.000 membros do parlamento da China, o Congresso Nacional do Povo, votaram nele. Não houve outro candidato, e agora ele deve ficar no poder até pelo menos 2027 – totalizando 15 anos no poder. Xi é considerado o líder chinês mais poderoso desde Mao Tsé-Tung.

Quando Biden fez uma referência semelhante em junho, sobre Xi ser “um ditador”, a China considerou as observações absurdas e uma provocação. Mas a briga não impediu que os dois lados mantivessem conversas extensas com o objetivo de melhorar as relações tensas, que culminaram na reunião desta quarta-feira 15.

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