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Ativistas ambientais cobrem mansão do premiê britânico com pano preto

Em protesto contra política de 'maximizar' produção de petróleo e gás do Reino Unido, manifestantes usaram escadas e cordas para acessar telhado

Por Da Redação
Atualizado em 3 ago 2023, 11h40 - Publicado em 3 ago 2023, 11h36

Ativistas ambientais cobriram a enorme a mansão particular do primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, no norte da Inglaterra, com um pano preto nesta quinta-feira, 3, parte de um protesto contra sua política para “maximizar” a produção de petróleo e gás do Reino Unido no Mar do Norte.

Quatro manifestantes do grupo ambientalista Greenpeace conseguiram escalar a mansão do líder do Partido Conservador usando escadas e cordas para acessar o telhado, onde desenrolaram 200 metros quadrados de “tecido preto como petróleo”. Os membros do grupo também ergueram uma faixa no gramado que dizia: “Rishi Sunak – Lucros do petróleo ou nosso futuro?”

O protesto foi uma resposta aos planos do governo do Reino Unido, divulgados na segunda-feira 31, para emitir centenas de novas licenças para perfurar poços de petróleo e gás no Mar do Norte.

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Sunak disse esperar que o projeto forneça ao Reino Unido segurança energética enquanto faz a transição para a chamada economia verde, neutra em carbono. O premiê britânico também anunciou planos para construir dois novos locais de captura e armazenamento de carbono, a serem concluídos até 2030.

Seu escritório comunicou que as primeiras 100 licenças de perfuração devem ser aprovadas no segundo semestre deste ano, “desbloqueando reservas vitais que podem ficar operantes mais rapidamente”.

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A decisão do Reino Unido de expandir a produção de combustíveis fósseis ocorre apesar dos alertas de organizações, incluindo a Agência Internacional de Energia (AIE), de que os líderes mundiais precisam interromper novos investimentos em combustíveis fósseis se quiserem conter o aumento das temperaturas.

A iniciativa também ocorre durante um verão no Hemisfério Norte em que ondas de calor extremo varrem o sul da Europa, partes dos Estados Unidos e o sudeste da Ásia, que cientistas avaliam terem se tornado significativamente mais prováveis por conta da mudança climática provocada pela atividade industrial.

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O Greenpeace disse que o anúncio de Sunak é um golpe para as metas ambientais do Reino Unido. O grupo também afirmou que seu protesto visava impedir o governo de dar sinal verde ao Rosebank, o maior campo de petróleo e gás não desenvolvido da nação, que atualmente aguarda aprovação.

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“Precisamos desesperadamente que nosso primeiro-ministro seja um líder climático, não um incendiário climático”, disse Philip Evans, ativista do Greenpeace no Reino Unido.

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“Assim como incêndios florestais e inundações destroem casas e vidas em todo o mundo, Sunak está se comprometendo com uma expansão maciça da perfuração de petróleo e gás. Ele parece muito feliz em apontar um maçarico para o planeta se conseguir marcar alguns pontos políticos ao semear a divisão em torno do clima neste país”, acrescentou.

A polícia de North Yorkshire, distrito onde fica a mansão do premiê, disse em um comunicado à imprensa que está “respondendo” ao protesto.

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