Um novo ataque atribuído às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) deixou cerca de meio milhão de moradores do departamento colombiano de Caquetá, no sul do país, sem energia elétrica. A ação foi duramente condenada em Bruxelas pelo presidente Juan Manuel Santos, que está na Bélgica para um encontro de líderes latino-americanos em europeu.
O incidente aconteceu na noite desta quarta-feira na torre 98 da linha de transmissão de energia elétrica Altamira-Florencia, informou o Exército. A torre foi derrubada com o uso de explosivos. A governadora Martha Liliana Agudelo lamentou esta nova atuação das Farc que, também deixou as escuras Florencia, a capital de Caquetá. Em sua conta no Twitter ela escreveu que o ato “é um terrorismo que afeta à sociedade civil”.
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“São irracionais os atos terroristas que estão cometendo explodindo as torres para deixar povoações inteiras sem luz. O que aconteceu em Caquetá, o que aconteceu em Tumaco, o que aconteceu em Buenaventura. Isso não tem qualquer explicação”, disse o presidente colombiano em Bruxelas. Em sua fala Santos se referiu a outros atentados cometidos nos últimos dias contra estruturas petrolíferas, energéticas e de água potável na Colômbia.
As negociações com as Farc passam por um período tenso após a guerrilha romper o acordo de cessar-fogo e atacar tropas do Exército. O governo colombiano reagiu e voltou a autorizar o bombardeio das estruturas militares da guerrilha. Integrantes do governo e das Farc se reúnem com frequência em Havana, mas não conseguem chegar a um consenso sobre a responsabilização criminal de terroristas que cometeram graves delitos contra a população colombiana.
Os guerrilheiros dizem que só prosseguirão com as negociações se Santos conceder anistia para todos os membros do grupo, mas o presidente já deixou claro que não perdoará assassinatos ou narcotráfico. Em mais de cinco décadas, o conflito armado colombiano já deixou pelo menos 220.000 mortos e mais de seis milhões de pessoas foram deslocadas.
(Da redação)