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Ataque a Israel foi ‘100% palestino’ e sem apoio do Irã, diz Hezbollah

Líder do grupo paramilitar libanês, Hassan Nasrallah, afirma que confronto levou a 'terremoto' no território israelense e expôs fraquezas do país

Por Da Redação
Atualizado em 3 nov 2023, 12h05 - Publicado em 3 nov 2023, 12h01
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  • O chefe do grupo libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, afirmou nesta sexta-feira, 3, que o ataque brutal do grupo terrorista palestino Hamas contra Israel, em 7 de outubro, foi organizado em “sigilo” e sem conhecimento do Irã, sendo uma “operação 100% palestina”. Em seu primeiro pronunciamento desde a eclosão do conflito, o líder eximiu o Hezbollah de participar do início conflito, embora a organização tenha demonstrado apoio ao Hamas após a escalada de violência na Faixa de Gaza.

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    “A operação de 7 de outubro foi planejada em total sigilo, mesmo outras facções palestinianas não tiveram conhecimento dela, muito menos movimentos de resistência no estrangeiro”, disse ele, referindo-se ao que o regime iraniano classifica como “Eixo de Resistência” um grupo de aliados anti-Israel na região que, além do Hamas e Hezbollah, é composto por Irã, Síria e os rebeldes houthis do Iêmen.

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    “A comunidade internacional continua a trazer à tona o Irã e os seus planos militares, mas o ataque de 7 de outubro foi uma operação 100% palestina, planejada e executada por palestinos para a causa palestina, não tem qualquer relação com quaisquer questões internacionais ou regionais”, completou.

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    Nasrallah atua como secretário-geral Hezbollah desde 1992, uma década após o surgimento do grupo, estabelecido em meio à Guerra do Líbano (1975-1990). O conflito foi instaurado após o início da operação “Paz para a Galileia”, na qual Forças de Defesa de Israel (FDI) invadiram o sul do Líbano sob a justificativa de expulsar os centros de operação da Organização para Libertação da Palestina (OLP), instalados no país árabe. Assim como o Hamas, os militantes buscam erradicar o Estado de Israel, sendo contrários à influência de Tel Aviv no Oriente Médio.

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    Ao longo do comunicado, Nasrallah afirmou que o Líbano aderiu ao conflito um dia após seu início, em 8 de outubro, e agradeceu ao apoio do Eixo da Resistência. “Todos [os membros da aliança] entraram no conflito e dispararam drones contra Israel”, disse ele, acrescentando que a investida levou a um “terremoto” no território israelense, expondo as fraquezas do país.

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    O secretário-geral do grupo explicou, ainda, que seus ataques tem como objetivo acabar com a “agressão” à Faixa de Gaza e garantir a vitória ao Hamas. Em seguida, ele instou países árabes e muçulmanos a encerrar o comércio com Israel e interromper o envio de petróleo aos Estados Unidos, aliado declarado do governo de Benjamin Netanyahu.

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    O militante libanês insistiu no esforço coletivo para a abertura definitiva da passagem de Rafah, que liga Gaza ao Egito. Em oposição às declarações de Washington e Tel Aviv, ele também negou que o Hamas tenha decapitado bebês nos kibutz, comunidades agrícolas israelenses, alegando que não existiam provas para apoiar as acusações.

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    Nasrallah acrescentou que os esforços israelenses para produzir conquistas militares significativas e libertar reféns têm fracassado em quase um mês de confronto – estima-se que 240 pessoas foram sequestradas pelo Hamas. Nas últimas semanas, duas americanas, mãe e filha, e duas israelenses, de 79 e 85 anos, foram soltas pelos combatentes por supostas “razões humanitárias”.

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    Além disso, o chefe do Hezbollah responsabilizou os Estados Unidos pela guerra na região e defendeu que a imagem de “defensor democrático dos Direitos Humanos” cultivada por Israel era falsa. Até o momento, mais de 9 mil palestinos e 1.500 israelenses foram mortos, enquanto pelo menos 20 mil pessoas ficaram feridas em Gaza.

    Observando que o Hezbollah não se intimidará e nem mudará de rumo por causa de ameaças vindas de Israel e seus aliados, Nasrallah afirmou que “o único fator que afetará a nossa posição é a progressão da guerra” e ameaçou atacar a população civil.

    “Eu digo a Israel: não vá mais longe. Muitos civis já morreram. Eu prometo a você: um civil para um civil”, declarou.

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