Assessor diz que é ‘irrelevante’ onde Obama estava durante ataque em Bengasi
Em um giro por emissoras americanas, Dan Pfeiffer tentou defender governo
O porta-voz do presidente Barack Obama, Dan Pfeiffer, disse em entrevista ao programa televisivo Fox News neste domingo que é “irrelevante” o local em que o democrata estava durante o ataque ao consulado dos Estados Unidos em 11 de setembro de 2012. A administração Obama está em maus lençóis depois que três escândalos estouraram sobre a Casa Branca na semana passada. O primeiro deles envolve provas de que o governo, para salvar a própria pele, manipulou informações sobre o ataque que matou o embaixador Christopher Stevens e outros três funcionários do consulado.
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Questionado sobre o paradeiro do presidente durante o ataque, Pfeiffer minimizou a importância da questão. “Eu não lembro em que sala o presidente estava naquela noite, e esse é um fato irrelevante”. O jornalista Chris Wallace, então, lembra Pfeiffer que Obama não havia conversado direito com a então secretária de Estado, Hillary Clinton, nem com o secretário de Defesa, Leon Panetta. “Ele estava conversando com seus assessores de segurança nacional”, insistiu o assessor. Em seguida, o assessor disse que as perguntas de Wallace eram ofensivas.
Em entrevista a outra rede de televisão, a ABC, o assessor de Obama disse que o governo não entraria em “pescarias partidárias” em referência à perseguição do Fisco americano a conservadores que pediam isenção de impostos. No entanto, Pfeiffer sugeriu a possibilidade de mudanças no IRS, órgão equivalente à Receita Federal. “Nós já vimos essa estratégia com os republicanos antes. O que eles querem fazer quando estão sem uma agenda positiva é arrastar Washignton em um pântano de pescarias partidárias, truncado em falsas alegações. Não deixaremos isso acontecer”, acusou. Pfeiffer também prometeu que a administração Obama “jamais deixará isso acontecer de novo”, em referência à perseguição política.
Escândalos – O IRS, órgão dos Estados Unidos equivalente à Receita Federal, foi acusado de perseguir grupos conservadores que tentavam conseguir isenção de impostos. O fisco utilizou palavras-chave como “tea party” e “patriot” para examinar minuciosamente as organizações consideradas inimigas políticas de Obama. O procedimento adotado pelo órgão mostra uma clara tentativa de limitar as vozes contrárias durante as eleições presidenciais do ano passado – exatamente o período em que aumentaram as reclamações contra as revisões feitas pelo Fisco.
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Além disso, o vazamento de uma troca de e-mails entre autoridades dos Estados Unidos e o então chefe da CIA, David Petraeus, comprovou que as informações preliminares sobre o ataque ao consulado em Bengasi no ano passado foram maquiadas para proteger o governo dois meses antes das eleições presidenciais.