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Apuração parcial indica que 96% votaram por anexar Crimeia à Rússia

Mais de 75% dos votos já foram contabilizados pela Comissão Eleitoral da península. Resultado final deve ser divulgado nas próximas horas

Por Da Redação
16 mar 2014, 19h16
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  • Resultados oficiais preliminares, divulgados neste domingo pela Comissão Eleitoral da Crimeia, indicam que cerca de 96% dos participantes votaram a favor da integração da península à Rússia. Os eleitores que votaram a favor da segunda opção, de adotar novamente a Constituição de 1992 quando a Crimeia tinha mais autonomia em relação à Ucrânia, são minoria. De acordo com o governo da Crimeia, 75% dos votos já foram contabilizados. A apuração dos votos deve ser concluída nas próximas horas.

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    Embora o resultado oficial ainda não tenha sido divulgado, milhares de pessoas de todas as idades já celebram a anexação à Rússia, agitando bandeiras da Rússia e da Crimeia. “Obrigado, Putin! Glória à Rússia”, gritam os concentrados em frente ao edifício do governo na praça de Lênin, em Simferopol, capital da Crimeia. Fogos de artifício também são usados na comemoração prévia à divulgação do resultado final do referendo.

    Se o resultado favorável à reunificação for confirmado, o governo da Crimeia fará uma reunião extraordinária nesta segunda-feira e vai se dirigir ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, para pedir a incorporação da península à Federação Russa. “Faremos tudo o mais rápido possível, mas cumprindo todos os requisitos legais”, disse o primeiro-ministro da Crimeia, Sergei Axionov. Ele afirmou que uma delegação parlamentar viajará amanhã a Moscou, capital da Rússia, para iniciar a anexação.

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    Enquanto isso, a Crimeia será de maneira provisória uma república autoproclamada, da mesma forma que a Transnístria e Nagorno-Karabakh, em virtude da declaração de independência aprovada nesta semana pelo poder legislativo local. Isso permitirá que os moradores da Crimeia solicitem passaporte e carteira de motorista russas. Além disso, as autoridades locais devem adotar o rublo como moeda oficial e o fuso horário vigente na Rússia.

    Segundo a Comissão Eleitoral, a participação no referendo foi superior a 80% entre os 1,5 milhão de pessoas com direito a voto na Crimeia. “Felizes festas!”, era a frase mais repetida pelos eleitores, que chegavam aos colégios eleitorais bem abrigados e providos de guarda-chuvas, uma vez que o dia foi chuvoso. Na cidade de Sebastopol, que acolhe a base da frota russa no Mar Negro, a participação no referendo alcançou 93%.

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    A Crimeia foi historicamente parte da Rússia até que a União Soviética cedeu o território à Ucrânia em 1954, por decisão de Nikita Krushceov. Moscou, no entanto, manteve no porto de Sebastopol a base de sua frota no Mar Negro. A população em sua maioria fala russo e é favorável à anexação. As minorias ucraniana e tártara, que representam 37% da população, pediram o boicote do referendo.

    Reação – Estados Unidos e União Europeia afirmaram que não reconhecerão o resultado do referendo, considerado ilegal pelas autoridades da Ucrânia. Em comunicado, a Casa Branca criticou duramente a ação do governo russo. “Passamos há muito tempo dos dias em que a comunidade internacional se calava quando um país se apoderava à força do território de outro”, afirma a nota. O governo americano classifica a postura de Moscou como “perigosa e desestabilizadora”.

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    Segundo o conselheiro da Casa Branca Dan Pfeiffer disse em uma entrevista para a emissora NBC, os Estados Unidos apoiam o novo governo da Ucrânia “de todas as maneiras possíveis” e essa relação está no topo da lista de prioridades do presidente Barack Obama. Mesmo assim, uma ajuda de 1 bilhão de dólares prometida ao governo ucraniano ainda está paralisada, em função de um impasse no Congresso americano.

    Pfeiffer disse que Putin ainda tem uma escolha: “Ele vai continuar se isolando ainda mais, prejudicando sua economia, diminuindo a influência russa no mundo, ou vai fazer a coisa certa?”

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