Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Após lei antigay, Banco Mundial suspende empréstimo a Uganda

Dinheiro iria para o sistema de saúde de um dos países mais pobres do mundo, que aprovou nesta semana uma legislação mais severa contra homossexuais

Por Da Redação
28 fev 2014, 12h49
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O Banco Mundial postergou um empréstimo de 90 milhões de dólares (210 milhões de reais) destinado a Uganda, depois da aprovação de uma lei no país que torna mais duras as penas contra gays. O dinheiro seria destinado ao sistema de saúde local. “Adiamos o projeto para realizar uma revisão mais aprofundada e assegurar que os objetivos de desenvolvimento não serão afetados de forma adversa pela implantação da nova lei”, disse o porta-voz da instituição, David Theis, ao jornal britânico The Guardian.

    Publicidade

    O presidente de Uganda, Yoweri Museveni, assinou a lei no início desta semana. O texto impõe pena de prisão perpétua para condenados por praticar sexo homossexual e torna crime não delatar alguém que está fora da lei. A homossexualidade já era considerada ilegal no país.

    Publicidade

    Leia também:

    Presidente diz que gays são “nojentos”; jornal publica lista de homossexuais

    Publicidade

    Presidente manipulou relatório científico para justificar lei antigays

    Continua após a publicidade

    Normalmente, o Banco Mundial se afasta de questões políticas internas para evitar oposição de algum dos seus 188 países membros. No entanto, o presidente da instituição baseada em Washington, Jim Yong Kim, enviou um comunicado aos funcionários dizendo que o banco é contra discriminação. Acrescentou que a lei de Uganda não é um caso isolado, uma vez que 83 países criminalizam a homossexualidade e em mais de 100 há discriminação contra as mulheres. O comunicado diz que a questão será discutida nos próximos meses dentro da instituição. “Agora é o momento certo para esta conversa”, diz o texto, segundo o Guardian.

    Publicidade

    O Banco Mundial ainda tem projetos em Uganda que somam 1,5 bilhão de dólares. O país é um dos mais pobres do mundo e o dinheiro iria para programas voltados à saúde materna e de recém-nascidos e ao planejamento familiar.

    Leia mais:

    Publicidade

    Ativista de movimento gay é assassinado em Uganda

    Continua após a publicidade

    O adiamento da ajuda ao sistema de saúde ocorre depois de os governos de Noruega, Dinamarca e Holanda anunciarem que estão retendo as doações ao país – o apoio a ONGs, principalmente aquelas que defendem os direitos humanos, será ser mantido. Os Estados Unidos, maior integrante do Banco Mundial, disse estar revendo suas parcerias com a nação africana e ameaçou também suspender a ajuda.

    Publicidade

    (Com Estadão Conteúdo)

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.