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Após espionagem, Hollande diz a Obama que confiança foi “restaurada”

Em encontro na Casa Branca, mandatários trocam elogios e minimizam divergências

Por Da Redação
11 fev 2014, 19h53

“A confiança mútua foi restaurada”. Com esta declaração, o presidente da França, François Hollande, deu por encerradas as divergências com os Estados Unidos relacionadas ao programa de espionagem americano – que atingiu as comunicações telefônicas dos franceses.

“Queremos combater o terrorismo, mas também queremos seguir alguns princípios. Estamos avançando nesta cooperação”, disse Hollande, que foi recebido por Barack Obama nesta terça-feira, na Casa Branca. Esta confiança, acrescentou o mandatário francês, “deve estar baseada, ao mesmo tempo, no respeito de cada um de nossos países e também na proteção à vida privada”.

As revelações feitas pelo ex-analista de inteligência Edward Snowden apontou que a bisbilhotice da Agência Nacional de Segurança (NSA) alcançava governos de outros países. A chanceler alemã, Angela Merkel, e a presidente Dilma Rousseff tiveram suas comunicações pessoais monitoradas. O caso abalou também as relações dos EUA com a Espanha.

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Para tentar contornar o problema, Obama anunciou em janeiro algumas mudanças que pretende promover nos programas de vigilância – com destaque para a promessa de não mais espionar países amigos. Nesta terça, no entanto, o presidente afirmou que os EUA não têm “acordos de não-espionagem” com nenhum país. “Nós temos, como qualquer outro país, uma capacidade de inteligência e temos parcerias com vários países. E estamos em contato com o governo francês para aprofundar esses compromissos”.

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Obama fez a afirmação ao responder a uma pergunta sobre se a França tinha tirado da Grã-Bretanha o posto de mais importante aliado dos EUA e se, com isso, teria direito ao mesmo acordo de não-espionagem. A declaração pode colocar o democrata em situação difícil, como apontou Juan Zarate, analista de segurança nacional da rede CBS News: “É claro que temos acordos tácitos de não espionar alguns de nossos aliados. A administração agora se vê na incômoda posição de ter de explicar quem faz parte e quem está fora dos acordos”.

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Síria – A França, no entanto, parece ter ficado satisfeita com o que ouviu de Obama, e os dois mandatários não pouparam elogios mútuos durante a entrevista coletiva concedida nesta terça. Obama aceitou um convite para ir à França em junho para as comemorações dos 70 anos da invasão da Normandia, durante a II Guerra Mundial.

O governo Obama tem, de fato, uma dívida com o governo francês em relação à Síria. Quando os EUA tentavam angariar apoio para uma invasão militar ao território sírio, depois do ataque químico que deixou 1.400 mortos no subúrbio de Damasco – segundo a contabilidade da Casa Branca – a França foi o país a apoiar de forma mais enfática o plano. Posicionamento que ganhou destaque para o democrata depois do recuo da Grã-Bretanha, com o Parlamento britânico votando contra a intervenção.

Nesta terça, Hollande e Obama reconheceram que as conversas entre representantes do regime sírio e da oposição em Genebra não estão avançando, enquanto a situação no país só piora. “A Síria está desmoronando”, disse Obama, acrescentando que, no momento, não acha que haja uma solução militar para o conflito, mas deixando mais uma vez em aberto a possibilidade do uso da força no futuro.

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(Com agência France-Presse)

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