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Angela Merkel critica NSA em primeiro discurso de seu novo mandato

Às vésperas da visita do secretário de estado John Kerry a Berlim, a chanceler disse que a rede de espionagem dos Estados Unidos 'espalha desconfiança'

Por Da Redação
29 jan 2014, 15h13

A chanceler alemã Angela Merkel usou o primeiro discurso de seu terceiro mandato para criticar a rede de espionagem administrada pela Agência de Segurança Nacional (NSA, em inglês) dos Estados Unidos e defender o uso irrestrito da internet aos cidadãos de todo o mundo. O pronunciamento de Merkel ocorre apenas dois antes da visita do secretário americano John Kerry a Berlim. “Um programa em que os fins justificam todos os meios, e em que tudo que é tecnicamente possível é usado, viola a confiança e espalha desconfiança. No fim, isso produz cada vez menos segurança”, declarou a chanceler, que, em decorrência do acidente de esqui que sofreu no início deste mês, usou muletas para se locomover até o palanque da Câmara Baixa do Parlamento.

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Os documentos revelados pelo ex-analista de inteligência Edward Snowden apontaram no ano passado que Merkel teve o seu celular espionado pela agência americana. O episódio provocou fortes críticas da comunidade internacional aos métodos usados pelo governo dos Estados Unidos para desmantelar redes de terrorismo, o que viria a resultar em uma série de reuniões na Casa Branca entre representantes da área de inteligência americana e da Alemanha com o objetivo de chegar a um denominador comum sobre a direção por onde a espionagem entre aliados devem seguir.

No discurso desta quarta-feira, Merkel chamou a internet de Neuland, ou território virgem, para enfatizar a necessidade de os usuários terem os seus direitos à privacidade garantidos. “Nós queremos ter certeza de que a internet mantém sua promessa. É isso que queremos proteger”, disse. A chanceler também destacou que o seu governo ainda está longe de acordar um “pacto de não espionagem” com os Estados Unidos, mas tratou de negar qualquer atrito com o governo americano. “A Alemanha não poderia imaginar um aliado melhor do que os EUA.”

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Em um pacote de mudanças no programa de espionagem anunciado há duas semanas, o presidente americano Barack Obama afirmou que a NSA deixaria de espionar as comunicações de chefes de estado aliados. “Os líderes de nossos amigos próximos e aliados merecem saber que se eu quiser saber o que eles pensam sobre um assunto, eu vou pegar o telefone e ligar para eles, em vez de lançar mão da vigilância”, afirmou, na ocasião. O democrata também prometeu dar mais garantias que cidadãos estrangeiros terão o seu direito à privacidade respeitado, além de aumentar as limitações para a NSA coletar, armazenar e espionar os metadados referentes às comunicações de cidadãos americanos.

Austeridade – No restante de seu pronunciamento, Merkel defendeu mais uma vez a necessidade de os governos europeus conterem os gastos públicos para superar a crise econômica que se espalhou pelo continente. Para a chanceler, os membros da União Europeia (UE) devem “continuar a fazer suas lições de casa” e prosseguir com as reformas voltadas para uma política de austeridade. Outro ponto defendido por Merkel foi o endurecimento na regulação das finanças de bancos. “Se os bancos se expõem a riscos, eles devem arcar com suas perdas, e não os contribuintes”, ponderou.

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