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Após derrota no Congresso, presidente do Chile troca seis ministros

Novas nomeações representam quinta mudança de gabinete no governo e acontecem faltando três meses para referendo constitucional

Por Da Redação Atualizado em 28 jul 2020, 18h39 - Publicado em 28 jul 2020, 18h27

Após uma dura derrota no Congresso na semana passada, o presidente do Chile, Sebastián Piñera, trocou seis ministros, entre eles o do Interior e o das Relações Exteriores, para tentar reforçar sua base e amenizar disputas internas. As nomeações desta terça-feira, 28, representam a quinta mudança de gabinete em seu governo e acontecem faltando três meses para o referendo constitucional. 

Na quinta-feira 23, a Câmara do Chile aprovou o projeto de reforma constitucional que autoriza o saque por cidadãos de até 10% dos fundos de pensão do país para combater a crise gerada pela pandemia do novo coronavírus. O texto foi aprovado com votos de diversos deputados que fazem parte da coalizão do presidente, contrário à medida. 

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Para a oposição, o projeto serve como meio de pressionar o governo a medidas mais firmes de auxílio à população durante a pandemia, que atinge o país com força. No total, já são mais de 347.000 casos confirmados no país, incluindo 9.187 mortes.

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Uma pesquisa da Câmara de Comércio de Santiago revelou que 60% dos que vão retirar o fundo vão usá-lo para comprar alimentos e artigos de higiene pessoal, enquanto 38% vão usá-lo para o pagamento de serviços básicos.

Entre as principais mudanças apresentadas nesta terça estão as nomeações do ex-senador ultraconservador Víctor Pérez, que assume o Ministério do Interior, e do também ex-senador Andrés Allamand, que assume o cargo de chanceler. Tanto Pérez quanto Allamand expressaram oposição à reforma da Constituição, que será submetida a um referendo em outubro e tem apoio de mais de 70% da população, segundo pesquisas de opinião.

Anteriormente prevista para abril, a votação foi adiada devido à pandemia. Nela, os chilenos dirão se aprovam ou rejeitam uma reforma da Constituição herdada da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990). O referendo foi uma das iniciativas apresentadas para destravar a crise social que explodiu no Chile em outubro de 201. Nela, os chilenos também irão decidir o mecanismo com o qual ser redigida uma nova Carta Magna, caso sua reforma seja aprovada.

As nomeações desta terça também incluem o ex-deputado e presidente do partido Renovação Nacional, Mario Desbordes, como novo ministro da Defesa, e do ex-deputado Jaime Bellolio, novo ministro de Governo. Bellolio substitui Karla Rubillar, que irá assumir o lugar deixado por Cristián Monckeber na pasta de Desenvolvimento Social, enquanto este último passou a ocupar a secretaria-geral da Presidência.

“Convoco este novo gabinete e todo o ‘Chile Vamos’ (coalizão governamental) a empreender uma nova etapa com um espírito construtivo”, disse Piñera na cerimônia de posse dos novos ministros.

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(Com AFP)

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