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Após crítica negativa, diretor de balé alemão passa fezes em jornalista

Marco Goecke foi suspenso do cargo e é alvo de uma investigação criminal

Por Da Redação Atualizado em 13 fev 2023, 19h22 - Publicado em 13 fev 2023, 19h22

A relação entre artistas e críticos não costuma ser das melhores, mas esse conflito normalmente fica restrito ao campo das artes. Não foi o que aconteceu na noite do último domingo, 12, na Hanover State Opera, uma companhia de ópera situada na cidade de Hanover, capital do estado da Baixa Saxônia, na Alemanha.

Marco Goecke, o chefe da companhia de balé, foi suspenso do cargo depois de esfregar fezes de cachorro no rosto de uma jornalista. O motivo do ataque teria sido uma crítica negativa escrita pela mulher sobre uma performance anterior do diretor.

Durante o intervalo da performance, Goecke, que estudou no conservatório real de Haia, teria agredido verbalmente Wiebke Hüster, crítica do jornal Frankfurter Allgemeine Zeitung (FAZ), antes de tirar um saco de fezes de cachorro do bolso e esfregar no rosto dela. As fezes, segundo a mídia alemã, tinham acabado de ser produzidas por Gustav, dachshund de estimação de Goecke.

Gustav é sempre visto acompanhando o tutor nos ensaios e apresentações. O cachorrinho já chegou a jantar em Paris com a princesa Carolina de Monaco, que é conhecida por ser fã da raça dashshund, os famosos “salsichas”.

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De acordo com o jornal FAZ, a fúria de Goecke foi devida a uma avaliação ruim publicada por Hüster no último sábado, 11, sobre a produção “In the Dutch Mountain”. A jornalista escreveu que a performance podia ser comparada a observar passivamente o mar “atrás de um vidro, deixado no calor, olhando para uma praia de inverno, como em um estado de permanente isolamento”. Hüster conta que durante a apresentação “alternamos entre um estado de loucura e ser morto pelo tédio”.

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As declarações incomodaram Goecke. Antes de atacar a mulher com o saco de fezes, o diretor tentou impedir a sua entrada na casa de ópera e a acusou de ser responsável pelo cancelamento de assinaturas de membros do teatro.

“[Goecke] De repente puxou a bolsa do bolso com a lateral aberta, ele esfregou o excremento de cachorro na minha cara. Quando senti o que ele tinha feito, gritei”, relatou Hüster.

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Uma funcionária da assessoria de imprensa da casa de ópera ajudou a jornalista e a levou para o banheiro mais próximo. Após isso, ela dirigiu até uma delegacia de polícia no centro da cidade para fazer uma denúncia.

Um pedido de desculpas foi feito pela diretora artística da casa de ópera, Laura Berman, que afirmou que vai investigar o caso antes de tomar mais atitudes. “Imediatamente após o episódio, procuramos entrar em contato com a jornalista e pedir desculpas a ela pessoalmente e também em público”, disse Berman.

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Segundo Berman, a ópera é um local respeitoso e aberto para cooperação. A administração da casa “explorou as etapas relacionadas à lei trabalhista com relação ao diretor de balé Marco Goecke e depois agiu nesta questão interna da equipe”, acrescentou a diretora artística.

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Além da suspensão do cargo, Goecke também foi barrado de entrar na ópera e está sendo alvo de uma investigação policial.

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