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Apoio de europeus à Ucrânia na guerra apresenta desgaste, diz pesquisa

Segundo o levantamento, preocupação da população com aumento no custo de vida estaria ofuscando pedidos por justiça contra invasão da Rússia

Por Da Redação
Atualizado em 15 jun 2022, 13h36 - Publicado em 15 jun 2022, 13h35

Um relatório do Conselho Europeu de Relações Exteriores, publicado nesta quarta-feira, 15, apontou uma mudança de atitude da população da Europa em relação à guerra na UcrâniaA pesquisa, realizada em 10 países europeus entre 28 de abril e 11 de maio, sugere um deslocamento da atenção do público do conflito armado na nação vizinha para as preocupações com o custo de vida em seus próprios territórios.

Apesar do forte apoio à Ucrânia, com 73% dos entrevistados culpando a Rússia pela guerra, o levantamento mostrou um número significativo de europeus que querem que a guerra termine o mais rápido possível (35%), mesmo que isso signifique a perda de território aos ucranianos.

Outros 22% descartam a cessão de áreas controladas por Moscou como medida para encerrar o conflito e desejam ampla punição à Rússia pela invasão.

Questionados sobre o que mais os preocupava com a guerra, entrevistados na Alemanha, Itália e França citaram o aumento do custo de vida e os preços da energia, enquanto os cidadãos da Suécia, Reino Unido e Polônia estavam mais preocupados com a ameaça de guerra nuclear.

Explicando o desgaste na unidade do posicionamento dos europeus sobre a guerra, Mark Leonard, diretor da instituição responsável pela pesquisa, disse que “as grandes tensões estão chegando agora”, impactando a opinião pública no continente.

Essa visão muitas vezes não reflete a posição dos governos nacionais, disseram os autores do relatório, sugerindo que a maioria dos líderes da União Europeia permanecem duros em relação à Rússia.

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A pesquisa mostrou que maioria dos entrevistados é favorável à entrada da Ucrânia na União Europeia e ao rompimento as relações econômicas, culturais e diplomáticas com a Rússia.

Da mesma forma, 58% nos 10 países – subindo para 77% na Finlândia – queriam que o bloco reduzisse sua dependência da energia russa, mesmo às custas das metas climáticas do bloco, sugerindo apoio público a uma nova rodada de sanções, incluindo corte de importações de petróleo russo.

Contudo, os pesquisadores estimaram que o apoio público às punições econômicas impostas à Moscou pode cair à medida que o conflito se arrasta e os custos crescem. Uma pesquisa recente do Fundo Monetário Internacional (FMI) apontou uma tendência de crescimento de protestos em diversos países impulsionados pelo aumento nos preços de alimentos e combustível.

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Para Leonard, a capacidade dos governos de reter o apoio para políticas potencialmente prejudiciais será crucial neste momento de divergências internas e entre nações da Europa. 

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“Os governos serão cada vez mais forçados a equilibrar a busca da unidade europeia com opiniões que divergem tanto dentro como entre os estados membros”, disseram os especialistas do Conselho Europeu, apontando para uma “diferença crescente entre as posições de muitos governos e o humor do público em seus respectivos países”.

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