Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Zelensky renova apelo para Ucrânia aderir à UE, citando ‘palavras vazias’

Conforme a guerra testa a resistência das forças russas e ucranianas, presidente Volodymyr Zelensky diz que apoio da Europa deve ser traduzido em ações

Por Da Redação
10 jun 2022, 09h48

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse nesta sexta-feira, 10, que expressões de solidariedade da Europa em relação ao seu país devem ser seguidas de ação – mais especificamente, a aceitação formal da candidatura de seu país para ingressar na União Europeia.

“Isso provará que as palavras sobre a Ucrânia ser parte da família europeia não são apenas palavras”, disse ele em um discurso virtual na Cúpula da Democracia de Copenhague, reunião anual de líderes políticos e empresariais de todo o mundo.

Segundo Zelensky, a Ucrânia não deve ser forçada a permanecer em uma “zona cinzenta”, presa entre a perspectiva de um futuro melhor dentro da União Europeia e a ameaça contínua de Moscou.

O apelo não é inédito. No entanto, o contexto é diferente. A guerra contra a Rússia está cobrando um preço cada vez maior da Ucrânia, e tudo indica que o conflito vai se estender ainda mais. A expectativa é que os 27 membros do bloco considerem o pedido de candidatura nas próximas semanas.

A entrada da Ucrânia na União Europeia é controversa, apesar do apoio moral, militar e humanitário cedido a Kiev pelos líderes do continente, e apesar de Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, ter dito em fevereiro que a Ucrânia era “um de nós e queremos que eles na União Europeia”.

Nenhum país entrou no bloco desde a Croácia, em 2013 — reflexo do caminho longo para a adesão. Mesmo que a candidatura da Ucrânia fosse aceita, o processo até se tornar um membro pleno poderia levar anos.

Continua após a publicidade

+ Ucrânia dá próximo passo para entrar na UE e pode virar candidata a membro

Após os comentários de Zelensky, Roberta Metsola, a presidente do Parlamento Europeu, disse que a forma como o continente está lidando com a guerra seria julgada nos próximos anos, e que deve demonstrar sua determinação. “Na Europa, sabemos o custo do apaziguamento”, disse ela na cúpula de Copenhague. “Sabemos o peso das paredes e cortinas de ferro.”

Ela disse que, embora os Estados Unidos, a Europa e outros aliados tenham se unido em apoio à Ucrânia, o verdadeiro teste virá à medida que os custos da guerra crescerem e a atenção do público diminuir.

“Em última análise, [Vladimir] Putin está olhando para o mundo, esperando que vacilemos primeiro”, disse Metsola sobre o presidente da Rússia. “Mas não podemos fazer isso.”

Segundo ela, assim como a guerra em si é agora uma disputa de resistência e “quem consegue aguentar mais tempo”, manter o apoio político unido à Ucrânia exigirá firmeza e a capacidade de manter o foco nas apostas de longo prazo.

Continua após a publicidade

Um dia depois que Putin se comparou com Pedro, o Grande, o imperador russo do século 18 – dizendo que estava envolvido em uma luta semelhante para reconquistar terras que ele vê como legitimamente russas – tanto Zelensky quanto Metsola disseram que era hora de levar a sério essas posturas agressivas.

“O agressor deve sentir a pressão do mundo democrático quando lançar suas ameaças”, disse Zelensky. “Devemos aprender a agir preventivamente e não apenas de forma responsiva.”

Metsola também citou um “perigo real, claro e presente” que as forças de Putin apresentam.

“Putin não parou na Crimeia”, disse Metsola, referindo-se à anexação da península ucraniana pelo líder russo em 2014. Da mesma forma, quando soldados russos falharam em capturar a capital da Ucrânia no conflito atual, ela afirmou: “Ele não teria parado em Kiev”.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.