Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Apoio à renúncia de Boris Johnson cresce entre parlamentares britânicos

Cerco se fecha cada vez mais para primeiro-ministro por conta de escândalo envolvendo festas durante período mais restritivo de lockdown no país

Por Da Redação Atualizado em 31 Maio 2022, 17h48 - Publicado em 31 Maio 2022, 17h39

O cerco está se fechando cada vez mais para o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, por causa do escândalo Partygate – as 17 festas durante o período mais restritivo de lockdown no país, em junho de 2020. Agora foi a vez de dezenas de parlamentares conservadores, do próprio premiê, enviarem cartas pedindo a renúncia do líder.

O voto de desconfiança é uma proposta legislativa acionada quando os parlamentares não têm mais confiança no governo. Para isso, é necessário que o presidente do Comitê de 1922, Graham Brady, receba cartas de pelo menos 54 parlamentares conservadores – 15% do partido parlamentar. Segundo análise do jornal britânico The Guardian, citando fontes internas, ao menos 46 conservadores já escreveram suas cartas ou sugeriram que o premiê deveria deixar o cargo, e o número envolve apenas as declarações já feitas publicamente.

“Deixei minha posição muito clara para o primeiro-ministro: ele não tem meu apoio. Uma pergunta que coloco humildemente aos meus colegas é: você está disposto, dia após dia, a defender publicamente esse comportamento?”, disse o presidente do comitê de defesa, Tobias Ellwood.

O escândalo envolve festas em Downing Street, a residência oficial do líder do governo, que iam até as primeiras horas da manhã, com funcionários bêbados vomitando e brigando entre si, manchas de vinho tinto nas paredes e uma festa de aniversário ilegal para o primeiro-ministro britânico – completa com seis engradados de cerveja e dezenas de sanduíches.

Em sua carta, o parlamentar Nick Gibb disse lamentar dizer que “para restaurar a confiança, precisamos mudar o primeiro-ministro”. Já Anne Marie Morris disse que “precisamos de verdade de honestidade, e que aqueles que quebraram as regras sejam responsabilizados”.

Continua após a publicidade

Dezenas de outros parlamentares também mostraram sua indignação com o envolvimento de Johnson no escândalo, e afirmam ser muito improvável que ele não soubesse dos eventos – um deles foi sua própria festa de aniversário. Muitos afirmam também que a única solução para restaurar a confiança das pessoas no governo seria tirando Johnson do cargo.

Um relatório publicado pelo governo na semana passada, no entanto, afirma que ele “deve assumir a responsabilidade” por uma cultura que permitiu que as festas ocorressem. O documento afirma que “não há desculpa para alguns dos comportamentos” investigados, como “consumo excessivo de álcool” e registros de trocas de e-mail também foram apresentados, incluindo alguns em que a equipe do premiê discutia abertamente esconder suas festas da mídia.

Em um discurso inicial na Câmara dos Comuns na semana passada, Johnson agradeceu a investigação e renovou seu pedido de desculpas pelo evento em seu gabinete pelo qual foi multado. Ele declarou que assumiria total responsabilidade por tudo o que ocorreu em seu turno.

No entanto, o premiê afirmou que faltava contexto para algumas das acusações sobre as festas. Segundo ele, alguns eventos foram apropriados porque eram festas de despedida para funcionários que estavam deixando o governo. O líder britânico diz que sua participação nesses eventos pode ser considerada aceitável.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.