O governador da República da Chechênia, Ramzan Kadyrov, assumiu nesta quinta-feira, 27, que 23 de seus combatentes foram mortos e 58 outros ficaram feridos em bombardeios na guerra da Ucrânia.
“No início desta semana, uma das unidades chechenas foi bombardeada na região de Kherson”, disse o líder checheno em seu canal no Telegram. A Checênia é uma das repúblicas que faz parte da Federação Russa.
Os comentários de Kadyrov são incomuns, uma vez que as forças pró-Moscou raramente admitiram grandes perdas no campo de batalha, e as autoridades russas não publicam números sobre suas próprias baixas.
Aliado do presidente da Rússia, Vladimir Putin, Kadyrov é um dos maiores apoiadores do conflito e enviou suas tropas para o combate em Kiev, além de convocar seus compatriotas e seus próprios filhos adolescentes para a guerra.
O chefe da Chechênia também se mostrou favorável ao uso de armas nucleares contra a Ucrânia, alegando que o Exército russo seria “muito brando” em sua ofensiva.
No início desta semana, fontes ucranianas relataram à rede de notícias árabe Al Jazeera que atingiram uma tropa chechena na região de Kherson, no sul da Ucrânia, após terem descoberto sua localização por meio de fotos nas redes sociais.
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A disputa pela maior cidade sob o controle russo tem sido definida como uma das mais pesadas da guerra. Nas últimas semanas, as forças ucranianas têm reconquistado território na região, o que provocou a retirada de civis por forças russas.
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Pelo menos 70 mil civis teriam atravessado o rio Dnipro, no que a Ucrânia chamou de deportações forçadas.
Paralelamente, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, comparou a luta de seu país contra a Rússia com a resistência nazista na Segunda Guerra Mundial, dizendo que Moscou está perseguindo os mesmos objetivos que o nazismo já fez.