A Alemanha registrou nesta sexta-feira, 22, seu primeiro caso da variante brasileira do novo coronavírus no estado de Hesse, no centro do país. Autoridades sanitárias locais afirmaram que a variante é particularmente infecciosa.
O ministro regional de Assuntos Sociais, Kai Klose, disse que a pessoa infectada voltou recentemente de uma viagem ao Brasil e exames laboratoriais confirmaram que ela havia sido infectada com a nova cepa.
O viajante é assintomático e aterrissou no aeroporto de Frankfurt na quinta-feira passada. Ele testou positivo para a Covid-19 mediante um teste PCR. Apesar da confirmação do laboratório, ainda falta realizar o sequenciamento do vírus para oficializar o dado.
Este é o primeiro caso no território alemão da variante detectada no Brasil, segundo o Instituto Robert Koch, centro epidemiológico de referência no país europeu.
A Alemanha já detectou os primeiros casos das outras variantes recentemente identificadas – a britânica e a sul-africana –, que parecem ter um maior potencial de infecção.
Chamada de B.1.1.7 do SARS-CoV-2, a cepa foi descoberta inicialmente na Inglaterra, seguida de outros países na Europa. No início deste mês, o estado de São Paulo confirmou ao menos dois casos da variante. Alguns dias depois, o Japão a identificou em quatro pessoas que estiveram no Brasil.
Segundo análises iniciais, a nova cepa, que apresenta um grande número de mutações, pode ser até 74% mais transmissível. Isso porque parte das mutações se deu na proteína spike, responsável por conectar o vírus à célula humana. Até o momento, ela não tem sido tratada pelos cientistas como mais letal que as outras cepas.
As autoridades alemãs prorrogaram nesta semana as atuais restrições à vida pública e à atividade econômica, e endureceram algumas medidas para evitar que a propagação do vírus pressione ainda mais o sistema de saúde.
Nas últimas 24 horas, a Alemanha registrou 17.862 novos casos de Covid-19 e 859 mortes pela doença. Ao todo, o país acumula 2.106.262 contágios e 50.642 óbitos desde o início da pandemia.
(Com AFP e EFE)