Empresa que fazia três voos semanais entre Caracas e Toronto alega falta de segurança no país
Por Da Redação
18 mar 2014, 08h26
A Air Canada suspendeu voos para a Venezuela, citando preocupações com a segurança do país como motivo, relata a BBC nesta terça-feira. A companhia aérea disse que consideraria retomar as operações assim que a situação na Venezuela se estabilizar. A empresa operava três voos de ida e volta entre Caracas e Toronto por semana. Desde que começou a onda de manifestações contra o governo de Nicolás Maduro, 29 pessoas foram mortas e mais de 300 ficaram feridas em seis semanas. Os manifestantes protestam contra a alta da inflação, a criminalidade, a escassez de alimentos básicos e por mais liberdade de expressão.
Em comunicado oficial, a companhia aérea canadense informou que “devido à agitação civil em curso na Venezuela, a Air Canada não pode mais garantir a segurança de sua operação e suspendeu voos para Caracas até novo aviso”. O texto também avisa que os passageiros que já tinham passagens serão reembolsados ou remanejados para voos de outras empresas.
A Air Canada não é a primeira a alterar sua operação na Venezuela. Segundo a BBC, nas últimas semanas, outras companhias também reduziram suas operações, mas não as suspenderam por completo. Em janeiro, a companhia aérea equatoriana Tame suspendeu voos para Venezuela. A principal queixa das empresas diz respeito aos controles cambiais fictícios ditados pelo governo.
No câmbio oficial, um dólar valer cerca de 6,30 bolivarianos e no câmbio das ruas, o real, a moeda americana chega a ser comprada na escala de 1 para 70 bolivarianos – valor mais de dez vezes superior. Por terem de seguir regras fiscais e contábeis, as empresas só podem operar com o câmbio oficial do governo e acabam perdendo muito dinheiro com isso. Companhias aéreas internacionais dizem que o governo de Maduro deve a elas mais de 3 bilhões de dólares.
Maduro disse que as companhias aéreas que reduziram suas operações na Venezuela enfrentarão “medidas severas”. Ele também afirmou que as “empresas que deixarem o país não irão voltar enquanto nós determos o poder”.
Regras de controles rígidas sobre divisas estrangeiras foram impostas pela primeira vez em 2003, pelo então presidente Hugo Chávez. Com isso, o governo espera conter a fuga de capitais, mas a insistente crise econômica e a falta de segurança institucional têm levado investidores a desistirem da Venezuela. Dois meses atrás, o governo introduziu novos controles cambiais e hoje é impossível comprar dólares no mercado oficial venezuelano, mas apenas vender a um preço muito abaixo do real.
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