O presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, anunciou neste sábado, 8, que “dissolverá” o Parlamento palestino, que está inativo desde que o movimento islamita Hamas tomou violentamente o controle de Gaza em 2007.
“Finalmente lhes direi uma última frase. Em breve dissolverei o Conselho Legislativo”, disse Abbas ao concluir seu discurso durante a inauguração de uma conferência contra a corrupção realizada hoje no palácio presidencial da Muqata, na cidade cisjordaniana de Ramala.
No ato, o presidente da Autoridade Nacional Palestina afirmou que, apesar da sua “luta” com o Hamas, este “é parte” do seu povo, por isso se opôs à resolução contra o movimento impulsionada nesta semana pelos Estados Unidos na Assembleia Geral da ONU, que acabou não prosperando.
Abbas e seu governo mantém relações tensas com o Hamas desde que os islamitas expulsaram de Gaza as forças do Fatah leais a ele.
O Egito trabalha como mediador entre as partes para pôr fim a mais de uma década de divisão interna que debilita a vida política palestina e tem um duro impacto sobre Gaza, afetada pelo bloqueio israelense e pelas sanções econômicas de pressão imposta por Abbas para forçar os islamitas a entregar o poder.
Em outubro de 2017 ,as esperanças aumentaram quando ambos assinaram um pacto de reconciliação e se comprometeram à convocação de eleições presidenciais e legislativas em 2018, pela primeira vez desde 2005 e 2006, respectivamente.
Contudo, o acordo, que começou a ser implementado, não se materializou. Recentemente, membros do Fatah teriam pedido a Abbas que dissolvesse o parlamento e convocasse eleições.
(Com EFE)