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A mais recente polêmica de Trump envolve latinos e uma marca de feijões

Presidente americano se enrolou nas redes sociais ao meter a colher na discussão de boicote à Goya Foods, cujo CEO havia defendido o governo

Por Ricardo Ferraz Atualizado em 16 jul 2020, 12h37 - Publicado em 16 jul 2020, 12h15

O episódio tinha tudo para ser apenas mais uma polêmica nas redes sociais envolvendo o presidente dos Estados Unidos, afinal de contas, não é de hoje que Donald Trump utiliza do artifício para permanecer em evidência. Mas a controvérsia em torno de uma marca de feijões criou uma reação inesperada, que complicou ainda mais a campanha de reeleição à Casa Branca.

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Na quarta-feira, 15, pela manhã, Trump foi ao Twitter e disparou “A Goya Foods está indo muito bem. A máquina de borrões da esquerda radical saiu pela culatra, as pessoas estão comprando como loucas!”. Era uma resposta a uma tentativa de boicote de consumidores aos produtos da empresa alimentícia, depois que o CEO, Robert Unanue, deu declarações, na semana passada, afirmando que “Somos todos abençoados”, por ter Trump como líder.

O envolvimento de Trump colocou mais lenha na fogueira e ampliou a mobilização contra Goya e o próprio presidente. A empresa se orgulha de ser maior marca de alimentos de propriedade hispânica do país e tem os latinos como principais clientes. O boicote, que começou com vídeos de consumidores destruindo produtos da marca, logo migrou para o campo político.

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Ivanka Trump, filha do presidente, decidiu entrar no bate boca virtual fazendo publicidade explícita. Ela publicou uma foto no Twitter segurando uma lata de feijão preto da Goya legendada com o slogan da marca: “Se é Goya, tem que ser bom”. Como reação, ela foi acusada de violar leis da ética, que impedem integrantes do governo de se comprometerem com empresas privadas. Ivanka é conselheira da Casa Branca em um cargo não remunerado.

Muitos latinos aproveitaram a polêmica para expressar repúdio às medidas do governo americano que afetam imigrantes. A separação entre pais e crianças presos na fronteira tentando acessar os Estados Unidos ilegalmente e a tentativa de desmantelar um programa implantado por Barack Obama, que permite aos imigrantes que estão nos EUA desde a infância permanecerem no país, foram os principais alvos.

Desde a campanha, em 2015, Trump direciona ataques aos latinos. Enquanto candidato, ele chegou a dizer que mexicanos eram criminosos e estupradores. 

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Na última pesquisa de opinião, conduzida pelo The Wall Street Journal, divulgada na quarta-feira, o democrata Joe Biden aparece com 67% das intenções de voto entre os hispânicos, contra 22% de Trump. Em seis estados que podem ser decisivos na disputa eleitoral – Nevada, Carolina do Norte, Pensilvânia, Texas, Arizona – a comunidade latina que costuma votar em candidatos do Partido Republicano já demonstra descontentamento com a postura do presidente.

Nos cálculos eleitorais de Donald Trump, mobilizar a base parece fazer mais sentido do que expandir o horizonte eleitoral. Resta saber se a estratégia trará bons resultados no pleito de novembro.

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