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Kolo Muani: a surpresa de Deschamps chamada de última hora na França

Opção para as perdas de Benzema e Nkunku, atacante vive grande fase na Alemanha e pode ganhar espaço ao longo do Mundial

Por Klaus Richmond Atualizado em 22 nov 2022, 15h53 - Publicado em 22 nov 2022, 15h49

O atacante Kolo Muani saía despretensioso de um treinamento do Eintracht Frankfurt quando recebeu a notícia mais surpreendente de toda a sua vida: jogaria a Copa do Mundo do Catar. No Japão com a equipe alemã e ausente da lista inicial de 26 escolhidos pelo técnico Didier Deschamps para o Mundial, Muani sequer cogitava a possibilidade. Tinha só dois jogos pela França – nenhum deles como titular -, mas a série de lesões de companheiros fizeram a vaga praticamente cair em seu colo.

Nesta terça-feira, 22, o jogador de 23 anos convocado às pressas para substituir Christopher Nkunku será uma das opções da França na estreia diante da Austrália, às 16h (de Brasília), no estádio Al Janoub.

Autor de oito gols em 23 partidas pelo Eintracht Frankfurt na atual temporada, além de dez assistências, ele surge como candidato a boa opção no Catar devido as dúvidas sobre a melhor opção para substituir Karim Benzema, o último cortado.

Com 1,87 m, Muani chegou em julho ao Frankfurt após passagem pelo Nantes com 81 jogos, 23 gols e nove assistências. Na Alemanha, caiu rapidamente nas graças dos torcedores apontado como um dos responsáveis diretos pela surpreendente campanha que classificou a equipe entre as 16 melhores da Liga dos Campeões.

Nascido em Bondy, pequeno município de 54000 habitantes a apenas dez quilômetros de Paris, é descendente de congoleses, mas atua desde jovem nas seleções de base da França.

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A carreira começou em 2014, quando chegou aos 16 anos para atuar no sub-17 do US Torcy. No ano seguinte, já rumou para o Nantes onde permaneceu até a temporada passada.

Muani treina sob olhares atentos de Deschamps -
Muani treina sob olhares atentos de Deschamps – (Franck Fife/AFP)

A primeira chance como profissional chegou somente na temporada 2018/19. Pouco aproveitado, ainda foi emprestado ao US Boulogne, onde realizou 14 jogos, marcando três gols na National 1, equivalente a terceira divisão do país.

Muani conseguiu se firmar no Nantes mesmo com a série de troca de treinadores: Christian Gourcuff, Patrick Collot, Raymond Domenech e, por último, Antoine Kombouaré, com quem conseguiu atingir o melhor nível da carreira. O ápice da dupla chegou em maio deste ano com o título da Copa da França.

“Fazemos este trabalho com a ideia de sermos próximos um do outro”, explicou, em entrevista a Eurosport,

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“Claro que estamos falando de comprometimento, duelos, vitórias, mas acima de tudo é sobre relacionamentos. Isso é o que sempre conversei com meus jogadores, são relações de pai para filho”, completou para, em seguida, não conter as lágrimas quando questionado sobre a ascensão do pupilo.

Chamou atenção recentemente a atuação do atacante pelo Frankfurt diante do Hoffenheim. O time venceu por 4 a 2, com duas assistências e um gol dele, além de elogios de Hansi Flick, técnico da Alemanha.

Ainda sofre questionamentos por uma melhora nas finalizações: “as chances de gol mostram onde ele ainda tem muito potencial. Em Leverkusen foi a mesma situação. Ele chuta e só acerta o goleiro, ainda não tem calma. Isso está claramente na ordem do dia”, disse o treinador Oliver Glasner, em outubro. Em quatro partidas disputadas em novembro, respondeu marcando três vezes.

Curiosamente, Muani chega ao Mundial com apenas dez minutos em campo pelos Bleus. Na primeira, em 22 de setembro, jogou um minuto na vitória diante da Áustria. Depois, mais nove na derrota contra a Dinamarca.

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De surpresa, ele já faz parte do grupo da atual campeã. Agora, espera ir ainda mais longe para aprontar em campo durante a competição.

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