Os torcedores que participaram da invasão ao centro de treinamento do São Paulo, no dia 27 de agosto, e foram indiciados pela Justiça depositaram nesta quinta-feira em juízo 7.300 reais para cobrir os prejuízos do clube. O São Paulo alega que eles quebraram o portão do local e roubaram bolas, uniformes e um recipiente para isotônicos.
Embora tenham feito o depósito, os invasores questionam a conta apresentada pelo São Paulo. Dizem que o clube não apresentou provas do prejuízo e, por isso, pedem a apresentação de notas fiscais. Para eles, apenas 2.000 reais devem ser liberados para o clube. Os torcedores tiveram as suas contas bancárias congeladas pela Justiça e só conseguiram a liberação depois do depósito.
A invasão, por integrantes de torcidas organizadas do São Paulo, ocorreu depois de uma derrota do time por 2 a 1 para o Juventude, no estádio do Morumbi, na capital paulista, em partida pela Copa do Brasil. Os treino foi paralisado e Michel Bastos e Wesley foram agredidos. Os atletas estavam no meio do campo e não tiveram tempo de voltar aos vestiários.
Somente depois de 30 minutos é que seguranças particulares do clube e policiais militares conseguiram retirar a torcida de um dos campos, mas o protesto continuou do lado de fora do CT. A diretoria condenou a invasão e as agressões aos jogadores e afirmou que o ato foi uma “manobra de pessoas interessadas em desestabilizar” o time.
O presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, reafirmou que não há qualquer relação do clube com os torcedores organizados. O rompimento total ocorreu em 7 de julho, dia seguinte aos episódios de violência ocorridos na semifinal da Copa Libertadores, no Morumbi. Antes, o clube ajudava com ingressos, viagens e também com o dinheiro para o Carnaval, admitiu o mandatário são-paulino.
(com Estadão Conteúdo)