Criança proibida de entrar no estádio mobiliza palmeirenses
Maria Eduarda, de sete anos, foi impedida pela PM de entrar no Allianz Parque por estar com o rosto pintado
A imagem de uma criança palmeirense com o rosto pintado em verde e branco causou grande controvérsia nas redes sociais neste domingo. Maria Eduarda, de sete anos, foi proibida de entrar no Allianz Parque com a pintura, antes da partida contra o Botafogo, pelo Brasileirão. O pai da menina protestou no Twitter contra a determinação da Polícia Militar e ganhou forte apoio.
Segundo a PM, todos os torcedores estão proibidos de entrar no estádio com o rosto coberto, pois isso dificulta a identificação das pessoas em caso de tumulto. Edgar Nepomuceno, o pai de Maria Eduarda, lamentou que a norma fosse aplicada até a uma criança. “Infelizmente minha filha não pode entrar com o rosto pintado no Allianz Parque”, postou o pai, horas antes da partida.
Pouco depois, Edgar informou que a menina teve que lavar o rosto para poder assistir à vitória do líder Palmeiras sobre o Botafogo, por 1 a 0. Ele disse que a ideia da pintura partiu da própria menina e que ela chorou ao saber da proibição.
Milhares de torcedores compartilharam as mensagens de Edgar e prestaram solidariedade. Um deles pediu que a diretoria do Palmeiras levasse a garota, com o rosto pintado, ao camarote do clube na próxima partida, que pode garantir o nono título do Palmeiras, contra a Chapecoense, na arena. A mensagem foi retuitada pelo pai de Maria Eduarda.
As ações da Polícia Militar em partidas do Palmeiras vêm desagradando torcedores do clube há algumas semanas. Desde a 32ª rodada, na partida contra o Sport, a PM adota o controle de acesso nas proximidades do estádio, para evitar tumultos. Apenas os torcedores que possuem ingresso podem entrar na rua Palestra Itália (antiga Turiassú). Tradicionalmente, torcedores sem ingresso se reuniam nos bares em frente ao estádio para torcer pela equipe.
(Com Estadão Conteúdo)