Conselheiros pedem impeachment do presidente do Corinthians
Roberto de Andrade é acusado de ter assinado documentos antes de assumir o cargo. Caso ele caia, assumirá André Negão, investigado pela Lava Jato
Conselheiros do Corinthians protocolaram nesta terça-feira um requerimento pedindo a abertura do processo de impeachment do presidente do clube, Roberto de Andrade. Foram obtidas 63 assinaturas entre 345 integrantes do Conselho Deliberativo. Andrade é acusado de ter assinado documentos como presidente antes de ter sido eleito, em 7 fevereiro de 2015.
Andrade é suspeito de ter cometido as irregularidades em duas ocasiões: há a sua assinatura na lista de presença de assembleia geral de cotistas da arena e na ata e no contrato do estacionamento do estádio com a Omni, empresa que também administra o programa Fiel Torcedor.
Roberto de Andrade se defende afirmando que recebeu os contratos, com as datas atrasadas, apenas depois de assumir o cargo. O processo, agora, é rápido. O presidente do Conselho Deliberativo, Guilherme Strenger, tem até cinco dias para encaminhar o requerimento à Comissão de Ética e Disciplina. A partir daí, o presidente terá dez dias para apresentar a defesa.
Strenger terá de convocar uma reunião extraordinária para a votação do afastamento do mandatário. Se a destituição vencer no Conselho, o afastamento é imediato. A última chance de permanência no cargo é uma assembleia geral de associados para decidir o futuro do dirigente.
Em caso de afastamento, quem deve assumir interinamente é o primeiro vice-presidente do clube, André Luiz de Oliveira, o André Negão – um dos investigados na Operação Lava Jato pelo suposto recebimento de 500.000 reais em propina durante a construção do Itaquerão. Como restam mais de seis meses para a próxima eleição, em fevereiro de 2018, André teria de convocar novo pleito.
(com Estadão Conteúdo)