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Matt Damon e Greengrass consolidam a ‘supremacia’ Bourne

Dupla volta a trabalhar junta em ‘Jason Bourne’, quinto episódio da franquia que eleva os filmes de ação a algo mais que pancadaria

Por Maria Carolina Maia
Atualizado em 28 jul 2016, 15h36 - Publicado em 28 jul 2016, 13h11

Há filmes de ação que se assemelham a produções pornôs na estrutura: uma historinha fraca para ligar cenas quentes. Também há longas interessantes, com boas tramas entre uma sequência de pancadaria e outra. Mas raras vezes se vê no cinema o que oferece a franquia do agente secreto Jason Bourne, personagem criado pelo escritor nova-iorquino Robert Lundlum. Bourne não apenas tem história: ele tem um baita drama pessoal, levado às telas com força pelo diretor inglês Paul Greengrass e pelo ator americano Matt Damon. A dupla, reunida em três dos cinco filmes da série, prova de novo a sua química em Jason Bourne, o quinto longa da saga, a partir desta quinta-feira nos cinemas.

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Se não pode ser considerado o melhor da série – afinal, não apresenta grande inovação –, Jason Bourne mantém a qualidade dos outros longas. Sem contar aqui, é claro, O Legado Bourne, um derivado da franquia dirigido por Tony Gilroy (Conduta de Risco) e estrelado por Jeremy Renner (o Gavião Arqueiro de Os Vingadores), feito a toque de caixa pela Universal para manter a série ativa. Sem contar também A Identidade Bourne (2002), filme que dá início à saga, com um Matt Damon novinho na pele do agente secreto que desperta de um estado amnésico para se dar conta de que é um assassino profissional – e se martirizar com isso. A história, dirigida por Doug Liman (Sr. & Sra. Smith) é boa, o filme é OK, mas é mesmo com a parceria entre Greengrass e Damon que a história do torturado Jason Bourne em busca de si vai atingir um nível de qualidade incomum no gênero. Um nível de excelência: fotografia densa, edição veloz, profundidade psíquica e ainda uma boa seleção de elementos da atualidade.

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No longa que estreia agora, e retoma a parceria da dupla depois de nove anos e afirmações categóricas de que não voltariam a atuar nesse universo, os elementos da atualidade são representados pela conectividade que é capaz de colocar todos sob vigilância – e também permite a hackers profissionais entrar em qualquer sistema para destravar qualquer porta. Não à toa, Edward Snowden, o analista de sistemas que expôs para o mundo segredos da agência de segurança americana (NSA, na sigla em inglês), é citado no filme, que no entanto evita tomar partido sobre ele.

A tecnologia está presente o tempo todo. Passada a sequência inicial em que Bourne reaparece, quase dez anos mais velho e, descamisado, embarca em um combate corporal, modalidade de luta do submundo grego que garante o seu sustento na clandestinidade, ela logo entra em campo. Sua ex-parceira Nicky Parsons (Julia Stiles) invade o sistema de computadores da CIA, a agência de inteligência americana, e descobre mais informações sobre a Operação Treadstone, aquela que o transformou, de David Webb, no sanguinário Jason Bourne. Nicky colhe dados que vão deixar Bourne ainda mais atormentado com seu passado: seu pai, Richard Webb, teria participado da operação que apagou a sua verdadeira identidade e fez dele um mercenário moderno a serviço dos Estados Unidos.

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Nicky voa para a Grécia, onde encontra Jason Bourne em meio a um dos violentos protestos que tomaram Atenas nos últimos anos, com a crise econômica que eclodiu e fragilizou o país. Três novos personagens vão ser importantes nessa sequência: o novo diretor da CIA, Robert Dewey (Tommy Lee Jones), a nova responsável pela área de informática da agência, Heather Lee (Alicia Vikander), que parece pender para Bourne, e o Contato (Vincent Cassel), assassino que Dewey orienta a exterminar o agente secreto.

Daí, em diante, o filme é uma grande caçada, que passará por diversos países – Alemanha, Inglaterra – até desembocar em Las Vegas (EUA), onde uma convenção usada pela CIA para recrutar experts em computação tem lugar. Eletrizante, Jason Bourne consegue ao mesmo tempo fazer o espectador dar pulos e deixá-lo colado, tenso, à cadeira. Um alerta: ligar o celular no cinema, durante esse filme, é não apenas um desrespeito, mas um risco sério. Seu vizinho, na cadeira ao lado, pode dar um grito.

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