Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Kanye West critica famosa abolicionista negra em discurso pela presidência

Em comício, rapper diminuiu ação da ex-escrava Harriet Tubman e afirmou ser contra o aborto, gritando que 'quase' matou a filha

Por Eduardo F. Filho Atualizado em 20 jul 2020, 13h14 - Publicado em 20 jul 2020, 13h10

Vestido com um colete a prova de balas escrito “segurança”, o rapper Kanye West voltou a reafirmar sua intenção de concorrer à presidência dos Estados Unidos em um primeiro comício oficial na noite deste domingo, 19, em Charleston, na Carolina do Sul. Assim como seus discursos anteriores, o cantor alternou entre humores, do riso descontrolado a choros compulsivos, e fez declarações confusas e polêmicas. Entre elas, chegou a menosprezar a ex-escrava e abolicionista Harriet Tubman, hoje um símbolo da luta dos negros americanos por liberdade e igualdade.

Inserida na atual polarização americana, Harriet atuou em treze missões de fuga de escravos no século XIX, nos Estados Unidos. Estima-se que ela tenha colaborado para a liberação de centenas de cativos. Para West, porém, Harriet “nunca libertou realmente os escravos, ela apenas fez os escravos trabalharem para outros brancos”.

ASSINE VEJA

Crise da desigualdade social: a busca pelo equilíbrio Leia nesta edição: Como a pandemia ampliou o abismo entre ricos e pobres no Brasil. E mais: entrevista exclusiva com Pazuello, ministro interino da Saúde ()
Clique e Assine

Além de criticar a abolicionista, Kanye fez um discurso acalorado contra o aborto. Segundo ele, seu pai tentou convencer a mãe a abortá-lo durante a gravidez. “Minha mãe salvou minha vida. Não haveria Kanye West, porque meu pai estava muito ocupado”, disse o músico aos prantos. Logo depois, afirmou aos gritos: “Eu quase matei minha filha! Eu quase matei minha filha!”. Segundo a revista americana US Magazine, Kim Kardashian, socialite e esposa do rapper, teria conversado com Kanye sobre interromper a gravidez da primeira filha, North West, hoje com 7 anos. O cantor ainda afirmou que colocou a relação com Kim em risco quando decidiu que não apoiaria o aborto.

Continua após a publicidade

Fiel apoiador do presidente Donald Trump, West interrompeu sua aliança com o republicano em entrevista à revista Forbes no início de julho ao afirmar que se Trump não estivesse concorrendo pelo partido, ele seria um forte candidato para substituí-lo. “Estou tirando o chapéu vermelho com esta entrevista”, disse na ocasião. 

Em 2015, Kanye disse, pela primeira vez, que concorreria a presidência durante o prêmio Video Music Awards, exibido pela MTV americana. Na ocasião, ele garantiu que iria se preparar para a corrida de 2020. Em 2018, durante um encontro, para dizer no mínimo estranho, com o presidente Donald Trump, o rapper exibiu um cartaz em que dizia: “Keep America Great #Kanye2024” (Mantenha a América ótima), insinuando uma possível continuação do governo Trump com ele no poder, em 2024. Kanye, porém, mudou de ideia e voltou novamente seus olhos para o palanque em 2020.

Com o apoio do bilionário da indústria de tecnologia Elon Musk, o rapper diz que já tem um nome para a vice-presidência e se afiliou ao partido independente “BDY”. Analistas políticos dizem que a candidatura de Kanye pode prejudicar o candidato democrata Joe Biden, ex-vice presidente de Barack Obama, na briga por votos de negros americanos — o que pode beneficiar Trump na corrida presidencial deste ano.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.