Mackenzie pode afastar professor de curso reprovado
Informação é de membros de comissão que reavalia a carreira de arquitetura e urbanismo. Universidade não confirma a informação
A Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, poderá afastar professores sem pós-graduação do curso de arquitetura e urbanismo, que recebeu nota 2, considerada ruim, em avaliação do Ministério da Educação (MEC). A informação é de membros de uma comissão criada pela instituição para discutir melhorias no curso: a ideia é estimular os docentes a fazer cursos de pós-graduação, critério valorizado pela avaliação do MEC. A universidade não confirma nem nega o afastamento.
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Por meio de nota, o Mackenzie se limitou a dizer que “qualquer decisão relativa ao corpo docente, sua qualificação e pertinência, só será efetivada após análise criteriosa, considerando a particularidade de cada caso”.
Os estudantes pretendem organizar manifestação contrária ao eventual afastamento dos professores. “O Mackenzie está desconsiderando a experiência, anos de prancheta e de canteiro de obra desses arquitetos, muitos deles premiados”, diz o aluno Miguel Lima, de 25 anos.
Após receber o conceito 2 (numa escala que vai de 1 a 5) no Conceito Preliminar de Curso (CPC) referente a 2011, o curso de arquitetura e urbanismo perdeu a autonomia e está proibido de ampliar o número de vagas e de oferecer aos alunos o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Para elaborar o CPC, além da qualificação docente, o MEC avalia também infraestrutura da instituição de ensino e nota dos alunos no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) de 2011.
(Com Estadão Conteúdo)