A Uber reduziu a quantidade de sensores de segurança de seus carros autônomos antes do acidente que matou a ciclista Elaine Herzberg em Tempe, Arizona, no dia 18 de março. Os sensores são responsáveis por detectar objetos nas ruas. As informações foram divulgadas pela Reuters.
Em 2016, a Uber substituiu sua frota de carros da Ford por veículos da Volvo, segundo o site. Com a decisão, a empresa também decidiu reduzir o número de sensores da nova geração de carros autônomos – culminando em veículos com mais pontos cegos.
Ainda segundo a Reuters, o principal sensor dos carros autônomos é o sistema lidar que funciona como um radar para evitar acidentes. Enquanto os veículos da Ford possuíam sete unidades do lidar, o modelo da Volvo era equipado com apenas um.
Concorrentes da Uber também possuem mais sensores de segurança. No carro autônomo da Waymo, pertencente a Alphabet Inc. (controladora do Google), são seis sistemas lidar. O veículo da General Motors possui cinco.
A falta do sensor criou uma zona cega que impede que o veículo da Volvo detecte completamente os pedestres, de acordo com ex-funcionários da Uber e o chefe do centro de transporte da Universidade Carnegie Mellon, Raj Rajkumar.
A fabricante do lidar, Velodyne, admitiu à Reuters que o sistema tem um ponto cego de três metros ao redor do veículo. “Se você vai evitar pedestres, você vai precisar de um lidar lateral, especialmente durante a noite”, disse a presidente e chefe de desenvolvimento de negócios da Velodyne, Marta Hall.
A Uber se recusou a comentar sobre a redução da quantidade dos sensores de segurança. Recentemente, a empresa anunciou o encerramento dos testes de carros autônomos.
Três dias após o acidente da Uber, a Toyota anunciou a paralisação dos testes com seus veículos autônomos. Segundo a BBC, a montadora não tem um cronograma para reiniciar os testes. A Toyota tinha como expectativa fabricar carros autônomos em 2020.
Relembre o acidente da Uber: