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Tombini descarta crise e reforça papel do consumo no PIB

Presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, diz que crise financeira é da Europa e defende modelo de crescimento baseado no consumo

Por Da Redação
19 jun 2012, 13h35
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  • “É exatamente o consumo que dará a propagação ao crescimento, incentivando a realização de novos investimentos privados, os quais darão suporte ao crescimento sustentado nos próximos anos” – Alexandre Tombini.

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    O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta terça-feira que a crise internacional não tem relação com a economia do país. “A crise não terminou e concentra foco nos países da Europa. Essa crise não é do Brasil”, disse ao participar do seminário ‘Guardiões da Estabilidade’, realizado pela IstoÉ Dinheiro, em São Paulo. “O país tem reservas robustas e contas públicas equilibradas. O superávit primário permite redução da dívida pública”, comentou. Ele destacou também a aposta do BC e do Palácio do Planalto no impulso ao consumo das famílias como saída para garantir o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

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    De acordo com Tombini, são boas as perspectivas para a economia brasileira no médio e no longo prazo. “O governo tem avançado em medidas tributárias, como desoneração da folha de pagamento e investimentos em portos, ferrovias e redes de comunicação”, afirmou, ressaltando que a desoneração da energia elétrica terá impacto positivo sobre importantes segmentos produtivos. “As profundas transformações estruturais observadas nos últimos anos, combinados com a presença de vários elementos que garantem a sustentação da demanda doméstica, e importantes estímulos já introduzidos, indicam ainda haver espaço para a ampliação do consumo”, disse.

    Foco no consumo – “E é exatamente o consumo que dará a propagação ao crescimento, incentivando a realização de novos investimentos privados, os quais darão suporte ao crescimento sustentado nos próximos anos”, acrescentou Tombini. O comentário do presidente do BC está alinhado com a avaliação da presidente Dilma Rousseff e do ministro da Fazenda, Guido Mantega, segundo a qual a população brasileira possui ainda grande potencial para ampliar a compra de bens e acesso a serviços.

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    Contraponto – Na visão do governo, não estaria esgotado o modelo de crescimento do país da era Lula, calcado sobretudo na ampliação constante da demanda agregada, com destaque para as famílias. Analistas do mercado, no entanto, veem com ceticismo essa aposta. Eles destacam o endividamento recorde e a inadimplência elevada no país, além do esgotamento do auxílio do crescimento internacional sobre a economia doméstica. O próprio governo, aliás, começa a se mover para ampliar a taxa de investimento como alternativa a se somar à aposta na ampliação da demanda interna. Em 15 de junho, por exemplo, a presidente Dilma Rousseff ofereceu 20 bilhões de reais em crédito para os estados com foco no investimento destes entes da federação.

    Segundo Tombini, o Brasil voltará a crescer também no curto prazo a ponto de o Produto Interno Bruto (PIB) registrar uma expansão de 4% no último trimestre deste ano ante igual período de 2011. “O país vai crescer nos próximos trimestres, baseado sobretudo na criação de emprego, expansão de renda e do crédito”, comentou.

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    Atenção redobrada com bancos – De acordo com o presidente do BC, a trajetória de recuo da taxa Selic deverá ter impacto importante no modelo de atuação do mercado de capitais e, com isso, exigirá “atenção redobrada” do gerenciamento de riscos desse mercado. “O BC está atento a esse processo”, garantiu.

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    Na avaliação de Tombini, com o custo do dinheiro mais baixo, já é possível observar uma mudança na estrutura das curvas de juros de médio e longo prazo. Na avaliação de Tombini, se isso por um lado “amplia os horizontes”, com maior participação do sistema bancário no financiamento da economia; por outro lado, também será necessário maior atenção em riscos que serão tomados pelo setor financeiro na busca por rentabilidade.

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    Credibilidade – Tombini afirmou ainda que o Banco Central tem credibilidade e é respeitado internacionalmente, depois de um trabalho de diferentes atores. “A credibilidade do Banco Central é resultado de ações tomadas por diferentes atores nas últimas décadas”, disse. Ao fazer breve retrospectiva histórica, Tombini disse que, depois de várias tentativas frustradas, o Plano Real permitiu “debelar a hiperinflação e reintroduzir no Brasil uma moeda com todas as suas funções”. Ele mencionou também o regime de metas de inflação e o câmbio flutuante como fatores que propiciaram estabilidade macroeconômica, possibilitando que o País avançasse em outras frentes.

    (Com Agência Estado)

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