Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

TelexFree: bloqueio judicial completa um ano — e nada foi resolvido

Investigações no Brasil se mostram cada vez mais lentas; nos EUA, empresa já se encontra em recuperação judicial

Por Naiara Infante Bertão
18 jun 2014, 21h26
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Há exatamente um ano, a juíza do Tribunal de Justiça do Acre, Thaís Borges, decretou a suspensão das atividades da Ympactus Comercial S/A (TelexFree) no Brasil e o bloqueio de bens da empresa e de seus sócios. Contudo, de lá para cá, o processo avançou muito pouco nos âmbitos cível e criminal. A exceção foi a vitória do Juizado Especial do Espírito Santo, que conseguiu, por meio de uma brecha na lei brasileira, penhorar bens dos sócios da TelexFree e empresas relacionadas a eles para ressarcir divulgadores. A TelexFree é investigada pelo Ministério Público Federal (MPF), juntamente com mais de 80 empresas, por suspeita de criar um esquema de pirâmide financeira envolvendo mais de 1 milhão de pessoas.

    Publicidade

    Outro avanço foi a multa de 5,590 milhões de reais aplicada à TelexFree no Brasil pelo Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), órgão da Secretaria Nacional do Consumidor, alegando que ela ofendeu princípios do Código Brasileiro do Consumidor. Contudo, devido à lentidão das investigações, até o momento a empresa não foi formalmente acusada pelo Ministério Público e, portanto, seus sócios ainda não podem ser considerados réus.

    Publicidade

    Em fevereiro, a Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) negou o segundo pedido de recuperação judicial da TelexFree. O relator do processo, o desembargador substituto Lyrio Regis de Souza Lyrio, destacou na sessão que a empresa não atende aos requisitos mínimos da Lei da Recuperação Judicial, como ter, pelo menos, dois anos de atividades.

    Leia mais:

    Publicidade
    Publicidade

    Mulher do dono da TelexFree é solta nos Estados Unidos

    Continua após a publicidade

    Justiça do Espírito Santo penhora bens de sócios da TelexFree

    Publicidade

    FBI convoca vítimas da TelexFree e formaliza acusação contra sócios

    Estados Unidos – A TelexFree dos Estados Unidos, que intensificou seus negócios justamente após o bloqueio no Brasil, começou a ser investigada em 2014 e já foi formalmente acusada. A Securities and Exchange Comission (SEC), autoridade reguladora do mercado de capitais dos Estados Unidos, anunciou em março que apurava as denúncias contra a empresa e, em abril, já havia conseguido mandado de busca e apreensão de bens. Um relatório completo da SEC mostrou detalhes sobre o esquema e a Justiça entendeu que a TelexFree dos EUA tinha todos os indícios de uma pirâmide financeira.

    Publicidade

    Em maio, seus sócios James Merrill e Carlos Wanzeler tiveram a prisão decretada pela Justiça americana. Merrill, 53 anos, foi preso em Worcester, no estado de Massachusetts. Wanzeler não foi encontrado e foi considerado foragido pela polícia americana. Ele viajou antes ao Brasil. A esposa de Wanzeler, Katia, chegou a ser presa nos EUA por ter compactuado com a suposta fuga do marido e só foi solta no final do mês. Merrill teve pedido de liberdade negado. No dia 30 de junho, a Justiça dos Estados Unidos aceitou o pedido de recuperação judicial da TelexFree. O juiz Melvin Hoffman, da divisão de falências em Worcester, Massachusetts, permitiu que a empresa fosse incluída no Capítulo 11 da Lei de Falências do país.

    Continua após a publicidade

    Leia mais:

    Publicidade
    Publicidade

    Autoridades dos EUA surpreendem diretor da TelexFree tentando fugir com US$ 38 mi

    TelexFree: os slogans inacreditáveis usados para atrair divulgadores

    Saiba o número crucial que revela que a TelexFree tem características de pirâmide

    Continua após a publicidade

    Relembre os principais acontecimentos do caso TelexFree desde junho do ano passado:

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.