O setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção da Petrobras e Eletrobras) apresentou déficit primário de 11,047 bilhões de reais em março, informou nesta sexta-feira, o Banco Central. O rombo nas contas é o pior registrado para o mês desde o início da série histórica, em 2001. Em fevereiro, havia sido registrado déficit de 23,468 bilhões de reais e, em março de 2016, um déficit de 10,644 bilhões de reais.
O resultado fiscal de março foi composto por um déficit de 11,686 bilhões de reais do Governo Central (Tesouro, Banco Central e INSS). Na última quinta-feira, o Tesouro divulgou um rombo nas contas do governo central de 11,061 bilhões de reais, também o pior para março da série histórica. A diferença nos valores acontece em razão das metodologias distintas usadas pelo Tesouro e pelo Banco Central.
Segundo o BC, os governos regionais (estados e municípios) influenciaram o resultado positivamente com 937 milhões de reais no mês. Enquanto os estados registraram superávit de 473 milhões de reais, os municípios tiveram resultado positivo de 465 milhões de reais. Já as empresas estatais registraram déficit primário de 298 milhões de reais.
Acumulado do ano
No ano, as contas do setor público acumulam um superávit primário de 2,197 bilhões de reais em 2017 até março, informou o Banco Central. A quantia representa 0,14% do Produto Interno Bruto (PIB). No mesmo período do ano passado, havia déficit primário de 5,771 bilhões de reais ou 0,39% do PIB.
O BC leva em conta, em suas projeções, as previsões do governo para a área fiscal contidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), de déficit de 143,1 bilhões de reais para 2017. Essa projeção considera um rombo de 139,0 de reais bilhões para o Governo Central em 2017.
O total gasto com juros pelo setor público foi de 43,302 bilhões de reais em março, após esta despesa ter atingido 30,776 bilhões de reais em fevereiro.
(Com Estadão Conteúdo)