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Real é a terceira moeda que mais perdeu valor em abril

Expectativa de aumento mais forte nos juros dos Estados Unidos e as incertezas políticas no Brasil contribuem para a escalada

Por Estadão Conteúdo
25 abr 2018, 09h07
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  • O real é a terceira moeda que mais se desvalorizou em relação ao dólar em abril, em uma lista de 47 divisas com cotações à vista. A expectativa de um novo aperto nos juros nos Estados Unidos também tem pressionado outros países, mas no Brasil, esse movimento é acentuado diante das incertezas eleitorais. A moeda americana fechou nessa terça-feira, 24, em alta de 0,61%, a R$ 3,4706.

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    Grandes bancos, como BofA Merrill Lynch e o Itaú Unibanco, reconhecem que há aumento das dúvidas políticas. O desempenho do real só não foi pior que o bolívar venezuelano, que derrete com a crise humanitária, e o rublo russo, que sofre com a incerteza geopolítica.

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    Abril tem sido ruim para a maior parte das divisas mundiais. A expectativa de que os juros americanos subam mais rapidamente que o esperado é o motor comum para a desvalorização de 33 moedas em todo o mundo neste mês.

    Isso reforça a perspectiva de migração de dinheiro de todo o planeta rumo aos Estados Unidos para se aproveitar dos juros, o que enfraquece as demais moedas.

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    “Ao longo do ano passado, também foi caindo a diferença entre os juros americanos e a Selic, a taxa básica de juros do Brasil”, diz Julia Gottlieb, do Itaú Unibanco. “Essa diferencia está na mínima histórica, o que pode impactar no real.”

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    O cenário externo, porém, é apenas uma parte da explicação. Problemas domésticos castigam algumas divisas mais fortemente e o Brasil está nessa onda. Em abril, o dólar ficou 5,2% mais caro na comparação com o real brasileiro. Essa perda de valor levou a moeda norte-americana a um patamar não visto desde o fim de 2016.

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    Outubro incerto

    A eleição parece ser o grande risco no curto e médio prazo para o Brasil. Uma pesquisa do BofA Merrill Lynch enviada aos clientes na semana passada mostra que 45% dos entrevistados dizem que as eleições são o maior risco para os mercados da América Latina. Neste ano, as duas maiores economias da região – Brasil e México – irão às urnas.

    Sobre a disputa no Brasil, há deterioração das percepções. Em março, a maioria dos entrevistados (56%) apostava que a chance de vitória de um presidente de agenda reformista de centro-direita estava entre 51% e 70%. Em abril, essa avaliação caiu para menos da maioria e 42% deram essa resposta.

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    Ao mesmo tempo, o porcentual dos que atribuem chance não majoritária, entre 31% e 50%, de vitória de um reformista cresceu de 30% em março para o mesmo patamar de 42%.

    Para o BofA Merril Lynch, os investidores ainda parecem “razoavelmente positivos” sobre a vitória de um reformista. “Cerca de metade diz que há mais de 50% de chance de um candidato de centro-direita vencer e porcentual similar diz que a reforma da Previdência será aprovada em 2019″, cita a pesquisa.

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    A incerteza eleitoral é destacada pelos economistas do Itaú Unibanco. Ao citar a mais recente pesquisa do instituto Datafolha, o maior banco privado brasileiro diz em relatório que “as eleições permanecem sem um claro favorito”. Ao lembrar que indicadores econômicos domésticos têm tropeçado, o banco diz que “as incertezas estão maiores” para o Brasil.

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