Os contratos futuros de ouro negociados na Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), fecharam em alta nesta segunda-feira, terminando a sessão no maior nível em sete meses. O preço do metal foi impulsionado pelo ajuste de carteiras no primeiro dia deste quarto trimestre e por comentários feitos pelo presidente do banco central norte-americano (Federal Reserve) de Chicago, Charles Evans, que dão a entender que as compras de ativos pelo Fed continuarão em 2013.
O contrato de ouro mais negociado, com entrega para dezembro, ganhou 9,40 dólares (0,53%), encerrando a 1.783,30 dólares a onça-troy – o nível mais elevado desde 28 de fevereiro. Durante o pregão, o metal chegou a 1.794,40 dólares, o maior patamar desde novembro.
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Catalisadores – O presidente do Fed de Chicago disse mais cedo que o BC americano deveria manter suas compras de bônus hipotecários até a taxa de desemprego cair para perto de 7%, o que só deve acontecer em 2014, sinalizando que o programa deva continuar ao longo de 2013.
“Há espaço para fazer mais. Estaria fazendo mais há muito tempo. O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) disse em seu comunicado que estamos muito perto de uma taxa de crescimento inaceitável, quase uma estagnação, e que é o momento de fazer mais”, comentou Evans em uma entrevista para a rede de televisão CNBC. Ele não tem poder de voto no Fomc neste ano.
Essas medidas de relaxamento monetário do banco central geram temores de inflação alta no futuro e levam os investidores a buscar refúgio no ouro. Além disso, o metal foi beneficiado pelo ajuste de posições de gestores de fundos de investimento, no primeiro dia do quarto trimestre.
Projeção – Segundo dados da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC, na sigla em inglês), os gestores de fundos elevaram suas posições em futuros e opções apostando na alta do ouro em 78% entre meados de agosto e a última terça-feira.
“É simplesmente uma realocação e uma circulação do dinheiro dentro do mercado”, comenta Roy Friedman, vice-presidente de negociação com metais preciosos da Dillon Gage Metals. “Geralmente esses movimentos são observados quando o ouro e a prata estão na moda e subiram fortemente em um determinado trimestre. Muitos fundos vão realizar lucros no fim do trimestre e voltar para o mercado no início do trimestre seguinte”, explica.
No terceiro trimestre deste ano, o ouro acumulou alta de 11%, enquanto a prata avançou 31%. Nesta sessão, a prata para dezembro também fechou no maior nível em sete meses, com alta de 1,08%, a 34,952 dólares a onça-troy.
(com Agência Estado)
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