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Novo governo diz ser ‘pouco realista’ que Grécia pague todas as dívidas

Segundo porta-voz do partido vencedor das eleições no domingo, a Syriza, credores devem estar dispostos a negociar. A dívida do país soma 240 bilhões de euros

Por Da Redação
27 jan 2015, 09h57
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  • O principal porta-voz da equipe econômica da Syriza, o partido vencedor das eleições na Grécia neste domingo, disse nesta terça-feira à rede de notícias BBC que “é pouco realista” esperar que a Grécia pague toda a sua dívida. Segundo Euclid Tsakalotos, os credores da União Europeia (UE) devem estar dispostos a negociar os débitos com o país. “Ninguém acredita que a dívida da Grécia seja sustentável”, declarou o representante da coalizão de esquerda.

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    Uma das prioridades do novo governo, cujo primeiro-ministro agora é Alexis Tsipras, é renegociar com a UE, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Central Europeu (BCE) uma reestruturação da dívida do Estado grego, que chega a 240 bilhões de euros. “Não conheci nenhum economista que honestamente diga que a Grécia pagará toda essa dívida. Não é possível”, afirmou Tsakalotos em entrevista à emissora britânica.

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    Após as eleições de domingo, os líderes da Coalizão de Esquerda Radical (Syriza) estão tentando um acordo com o partido de direita nacionalista Gregos Independentes para a formação de um novo governo. Para Tsakalotos, assim como seus pares do país, os líderes europeus também devem estar dispostos a trabalhar com a Syriza.

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    “Vai ser uma Europa muito peculiar e perigosa se (os líderes) indicarem que, após um voto democrático, não estão interessados em conversar com um novo governo”, advertiu. Ele disse ainda que se a Grécia for retirada da zona do euro, o bloco econômico será derrubado, episódio que classificou de “seu pior pesadelo”. “Dissemos desde o princípio que a zona do euro está em perigo, mas não pela Syriza, e sim pelas políticas de austeridade”, ponderou. Apesar disso, ele assegurou que o novo governo está disposto a cooperar e a renegociar “uma solução justa, viável e de benefício mútuo”.

    O partido de extrema esquerda Syriza venceu as eleições legislativas da Grécia no domingo com uma plataforma contrária ao plano de austeridade assumido pelo país anos atrás em troca de auxílio financeiro para pagar as suas dívidas. A vitória do grupo que rejeita as exigências da troika de credores – UE, BCE e FMI – coloca em risco a permanência da Grécia na zona do euro e traz ainda mais instabilidade para o bloco. No Twitter, o premiê britânico David Cameron escreveu que o resultado “vai aumentar a incerteza econômica na Europa”.

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    Na segunda-feira, a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, disse que a Grécia tem que respeitar as regras da zona do euro e não pode exigir tratamento especial para sua dívida.

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    Na mesma linha, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente do Eurogrupo, o ministro das Finanças holandês, Jeroen Dijsselbloem, reforçaram o compromisso que a Grécia deve manter junto aos credores internacionais. A dívida da Grécia alcançou 117% do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2014, o que significa, em dados concretos, que cada grego tem uma dívida externa de 29.700 euros a pagar.

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    (Com agência EFE)

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