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Premiê grego reconhece vitória de partido de esquerda

Syriza promete renegociar a dívida do país, que soma 240 bilhões de euros, e diz que irá reverter muitas das reformas exigidas por credores internacionais desde 2010

Por Da Redação
25 jan 2015, 14h49

(Atualizado às 20h30)

Após as pesquisas de boca de urna apontarem a vitória do partido de extrema esqueda Syriza nas eleições legislativas gregas neste domingo, o primeiro-ministro do país, Antonis Samaras, admitiu a derrota do seu partido de centro-direita, o Nova Democracia, e reconheceu o resultado do pleito. “Os gregos falaram, e respeitamos sua decisão”, afirmou na noite deste domingo. “Deixo um país que está saindo da crise e é membro da União Europeia e da zona do euro. Pelo bem deste país, espero que o próximo governo mantenha estas conquistas”, disse Samaras.

O partido de esquerda que deve ganhar as eleições tem como principal bandeira o fim do programa de austeridade, assumido pela Grécia em troca de auxílio financeiro para pagar as suas dívidas. O líder do Syriza, Alexis Tsipras, já afirmou que o país deixou “para trás a austeridade desastrosa”, e anunciou que pretende negociar “uma nova solução, viável” para a Grécia e Europa.

Pesquisas de boca de urna divulgadas na tarde deste domingo indicavam uma vitória do Syriza, que teria obtido entre 35% e 39% dos votos; enquanto que o Nova Democracia aparecia com uma votação entre 24% a 27%.

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Ainda não está claro se o Syriza obteve a quantidade necessária de votos para governar com maioria parlamentar. Caso não obtenha, será obrigado a fazer alianças para formar um governo de coalizão.

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O Syriza promete renegociar a dívida do país, que soma 240 bilhões de euros, e afirma que irá reverter muitas das reformas exigidas por credores internacionais desde 2010. Tsipras declarou que não se considera vinculado às exigências da troika de credores – União Europeia (UE), Banco Central Europeu (BCE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) – que, em troca de ajuda financeira, impôs um plano de austeridade econômica.

As promessas de acabar com o período de austeridade na Grécia têm atraído muitos eleitores, descontentes com a deterioração de seu padrão de vida e aumento dos impostos. A retórica contra os resgates internacionais, no entanto, renova dúvidas de investidores sobre se a Grécia será capaz de sair de sua crise financeira. Autoridades europeias temem que, caso o Syriza vença as eleições, o país volte a ser o epicentro de uma crise no continente.

Para conseguir colocar suas ideias em prática, o Syriza precisa obter maioria absoluta no Parlamento. Pelas regras eleitorais gregas, o partido vencedor na votação ganha automaticamente 50 assentos extras, de um total de 300 integrantes – uma medida que tem como objetivo facilitar a estabilidade de um governo eleito. Como possível aliado figura o To Potami (O Rio), fundado há apenas um ano, que pretende ser o terceiro partido da Grécia. Pesquisas atribuem a ele 6% dos votos. Outro partido que aspira um terceiro lugar é a formação neonazista Amanhecer Dourado. Apesar de ter sete deputados e dezenas de seus membros presos sob a acusação de “pertencer a uma organização criminosa”, o partido mantém uma alta intenção de voto. Em caso de fracasso na formação de um governo, os gregos terão de votar novamente em março.

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(Com Estadão Conteúdo e France-Presse)

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