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No vermelho: Ibovespa registra queda de 3% na semana

Essa é a maior retração semanal desde março do ano passado. Aumento do risco fiscal e mudanças na Petrobras influenciam baixa

Por Luana Zanobia Atualizado em 24 Maio 2024, 18h58 - Publicado em 24 Maio 2024, 17h56
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  • O Ibovespa encerrou esta sexta-feira em queda de 0,3%, aos 124 mil pontos, em uma semana marcada por quedas expressivas, embaladas tanto pelo cenário nacional quanto internacional. Com isso, o índice registra uma perda acumulada de 3% na semana, marcando a maior retração desde o período de 20 a 24 de março do ano passado, quando caiu 3,1%. 

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    Por aqui, o mercado é impactado pelo desastre climático no Rio Grande do Sul, que vem exigindo uma resposta fiscal robusta do governo para mitigar os efeitos da catástrofe. Este evento aumenta a incerteza fiscal, já tensa, contribuindo para uma atmosfera de cautela entre os investidores. A situação fiscal delicada, exacerbada pelos custos adicionais de recuperação, representa um desafio significativo para a estabilidade econômica do país.

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    Nesta sexta-feira, 24, declarações preocupantes do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre a inflação e a percepção de risco associada ao Brasil, adicionaram uma camada extra de cautela. “Em termos de expectativas para a inflação, aqui tem sido uma notícia bastante ruim para o Banco Central”, disse em palestra no Seminário Anual de Política Monetária, promovido pela Fundação Getulio Vargas. Ele ressaltou a desancoragem das expectativas de inflação e apontou preocupações com o cenário fiscal e a credibilidade do Banco Central, que podem dificultar a gestão da política monetária no curto a médio prazo.

    “Esta semana teve um tom mais negativo, refletindo a política monetária tanto aqui quanto no exterior. Tivemos declarações dos membros do Fed indicando uma postura mais rígida quanto ao corte de juros, ressaltando a necessidade de melhorias nos dados econômicos. Vamos aguardar os próximos indicadores americanos. Aqui no Brasil, Roberto Campos Neto expressando preocupações sobre a inflação diminui a possibilidade de cortes adicionais na Selic, mantendo-a acima de dois dígitos”, avalia Christian Iarussi, especialista em mercado de capitais e sócio da The Hill Capital.

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    Petrobras

    A Petrobras tem exercido uma influência significativa no índice nas últimas semanas, especialmente após a demissão de Jean Paul Prates da presidência, que resultou em uma perda de 34 bilhões de reais em valor de mercado em apenas um dia, impactando negativamente o Ibovespa.

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    Desde então, o mercado aguardava a nomeação da nova CEO indicada por Lula, o que ocorreu hoje. Os investidores receberam com pouco otimismo a oficialização de Magda Chambriard como nova presidente da companhia. Os papéis caíram na casa de 0,5% nesta sexta. A principal preocupação é a possível ingerência política na gestão da empresa, dado que a postura ideológica de Chambriard é mais alinhada com Lula e sua ala partidária. Apesar do aumento nos preços do petróleo, as ações da Petrobras fecharam em queda, refletindo as apreensões do mercado com a nova liderança da empresa.

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    Apesar do viés negativo do mercado, as companhias aéreas “decolaram”, ou seja, suas ações tiveram um desempenho positivo. As ações da Azul e da Gol registraram ganhos significativos após o anúncio de um acordo de compartilhamento de voos. Este acordo promete fortalecer ambas as empresas, otimizando suas operações e expandindo suas ofertas de serviços. As ações da Azul e a Gol registraram ganhos após o anúncio de um acordo de compartilhamento de voos, que promete fortalecer ambas as empresas ao otimizar suas operações e expandir suas ofertas de serviços. “O acordo acaba trazendo boas sinergias, tanto operacionais quanto em relação à redução de custo”, diz Iarussi. 

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    Internacionalmente, os mercados também operaram sob incerteza. O dado de confiança do consumidor americano da Universidade de Michigan, que incluiu expectativas de inflação, ofereceu algum alívio, mas não o suficiente para desencadear um otimismo robusto que possa alterar as perspectivas em relação ao corte nas taxas de juros. A ferramenta de projeção do CME Group ajustou suas expectativas, indicando que a redução nas taxas de juros é mais provável que comece apenas na reunião de novembro. As expectativas para uma redução já em setembro estão divididas; até ontem, a maioria apostava nessa possibilidade, mas agora a probabilidade caiu para 49,4%, mostrando uma divisão entre os investidores sobre quando o banco central americano, o Fed, começará a flexibilizar sua política monetária.

     

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