Depois de o dólar abrir o pregão desta terça-feira cotado a 2,1823 reais, com alta de 0,74% (e ter se intensificado para 0,81%, chegando a 2,1838 reais), o Banco Central (BC) fez dois leilões de swap cambial (equivalente à venda de dólares no mercado futuro) e conteve a alta da moeda norte-americana – temporariamente. Às 10h50 (Brasília), o dólar era cotado a 2,16 reais, mas às 11h50 já subia 0,65%, a 2,1802.
Na segunda-feira, o dólar à vista negociado no balcão superou o patamar de 2,170 reais, com o mercado testando a possibilidade de o BC segurar a moeda. A autoridade monetária havia se mantido fora dos negócios na maior parte do dia, mas anunciou um leilão de swap perto das 16h30, no encerramento do mercado à vista. Isso não alterou o fechamento da moeda no balcão, mas fez o dólar para julho desacelerar, de forma consistente, seus ganhos no mercado futuro, que encerra às 18 horas.
Nesta terça, o BC vendeu todo o lote de 60 mil contratos de swap cambial com dois vencimentos em leilão realizado no meio da manhã. Foram 30 mil contratos com vencimento em 01/08/2013 e 30 mil com prazo final em 02/09/2013.
A alta do dólar ante outras divisas com elevada correlação com commodities, o cenário externo indefinido e as preocupações com a economia brasileira têm dado força à moeda americana no Brasil. O dólar encerrou a segunda-feira com avanço de 1,31% no balcão, a 2,1720 reais, no maior patamar de fechamento desde 30 de abril de 2009, quando fechou a 2,1880 reais.
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