Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Sem atuação do BC, dólar sobe à maior cotação em 4 anos

Moeda americana fechou em alta de 0,82%, cotada a 2,1541 reais - maior valor desde abril de 2009

Por Da Redação
12 jun 2013, 18h02

Em um dia de ajustes após a frustração com a ausência de novas medidas cambiais por parte do governo, os investidores voltaram a comprar dólares nesta quarta-feira. Com direito a uma corrida no fim dos negócios, a moeda norte-americana fechou em alta de 0,82%, a 2,1541 reais, depois de alcançar a máxima de 2,1570 reais (0,94%), na última hora dos negócios.

Segundo operadores, a puxada à tarde reflete um movimento do mercado para testar a disposição do Banco Central (BC) em agir para conter a valorização da divisa norte-americana. No pregão anterior, a autoridade monetária atuou no câmbio por meio de dois leilões de swap cambial (equivalente à venda de dólares no mercado futuro), quando a moeda norte-americana chegou ao patamar de 2,16 reais. O mesmo ocorreu na segunda-feira, quando o BC também agiu para conter o avanço da moeda.

Apesar de a expectativa de novas medidas para limitar a alta do dólar não ter saído do radar, houve nesta sessão um “ajuste à expectativa que não se concretizou ontem”, nas palavras de um operador, referindo-se ao encontro do ministro da Fazenda, Guido Mantega, com a presidente Dilma Rousseff. A reunião havia sido cercada de especulações de que o governo anunciaria alguma medida relacionada ao imposto sobre operações financeiras (IOF) incidente em operações cambiais. Em reação, o dólar recuou na terça-feira. “Não saiu nada da reunião, então os investidores voltaram a comprar dólares hoje”, disse outro profissional da área de câmbio.

Leia também:

Mercado cogita novas ações do governo para frear alta do dólar

Risco-país sobe e culpa não é só dos Estados Unidos

Real tem a 5ª maior desvalorização entre 30 moedas

Continua após a publicidade

Além disso, o fato de o dólar em relação ao real ficar descolado de outras moedas com forte relação com commodities chamou a atenção dos operadores. Isso foi visto como um motivo adicional para a autoridade monetária agir – o que não ocorreu. “O real está entrando em um nível perigoso, o que se soma ao fato de a nossa moeda estar bem descolada. O mercado sabe que o BC está olhando para isso e pode atuar”, avaliou operador de um grande banco à tarde.

Outro profissional acredita que o BC pode até lançar mão de um leilão de venda à vista, se for necessário. “O ministro da Fazenda, Guido Mantega, tem comentado em entrevistas que o Brasil tem fortes reservas para conter a alta do dólar, o que pode ser visto como uma disposição para o governo lançar mão de um leilão de dólar spot (venda à vista)”, destacou.

Estados Unidos – A oscilação da moeda americana é reflexo das incertezas sobre a mudança de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). A autoridade monetária cogita reduzir seu programa de recompra de títulos públicos e tal movimento poderá minar a liquidez no mercado financeiro global. Diante de tal cenário, o real e grande parte das divisas estrangeiras têm perdido valor ante a moeda americana.

Continua após a publicidade

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.