O mercado voltou a reduzir a previsão do Produto Interno (PIB) em 2012, de 2,72% para 2,53%, e manteve a perspectiva para a Selic neste ano em 8%. A dificuldade da economia em deslanchar, a desaceleração da inflação e os sinais de que o Banco Central (BC) pode reduzir ainda mais a taxa básica de juros do país são fatores que explicam a visão dos economistas ouvidos pelo BC.
Segundo o relatório Focus desta segunda-feira, especialistas esperam que o PIB do ano que vem tenha alta de 4,3% – ante perpectiva de 4,5% na semana anterior. Já para a Selic, a expectativa gira em torno de 9%, depois de a mediana do relatório da semana passada apontar para 9,38%.
No dia 30 de maio, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu cortar os juros em 0,5 ponto porcentual, para reativar o consumo e a economia. Na ata divulgada na semana passada, a autoridade monetária voltou a indicar que deve fazer novos cortes na taxa básica de juros do país, ainda que com “parcimônia”.
O próprio ministro da Fazenda, Guido Mantega, já admitiu que a economia brasileira deve crescer entre 3% e 4% neste ano. No início do mês, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a economia brasileira cresceu apenas 0,2% no primeiro trimestre deste ano, quando comparado com o quarto trimestre de 2011, abaixo das expectativas.
Quanto à inflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mostrou, por exemplo, desaceleração entre abril e maio, passando de uma alta de 0,64% para expansão de 0,36% no quinto mês. No relatório Focus, as estimativas apontam que o IPCA fechará este ano a 5,03%, frente aos 5,15% da semana passada. Para 2013 a expectativa foi mantida em 5,60%.
Já a taxa de câmbio prevista pelo mercado, segundo o Focus, para o fim de 2012 é de 1,90 real por dólar, inalterado ante a semana passada.
(com agência Reuters)