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Mercado mantém expectativa de Selic a 7,5% este ano

Por Fernando Nakagawa Brasília – Nada mudou nas estimativas do mercado financeiro para o comportamento do juro básico da economia, a taxa Selic, na primeira pesquisa Focus após a divulgação, na semana passada, da ata da reunião de julho do Comitê de Política Monetária (Copom). De acordo com o levantamento, o mercado manteve a previsão […]

Por Da Redação
23 jul 2012, 10h07
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  • Por Fernando Nakagawa

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    Brasília – Nada mudou nas estimativas do mercado financeiro para o comportamento do juro básico da economia, a taxa Selic, na primeira pesquisa Focus após a divulgação, na semana passada, da ata da reunião de julho do Comitê de Política Monetária (Copom). De acordo com o levantamento, o mercado manteve a previsão de que o ciclo de corte de juro terminará em agosto, com a taxa em 7,5% ao ano.

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    De acordo com o levantamento divulgado nesta segunda-feira, a mediana das estimativas aponta para novo corte de 0,5 ponto porcentual no próximo mês, o que levaria a taxa Selic para 7,5%. A partir daí, sem novos cortes, a taxa seguiria nesse patamar até o fim do ano.

    Para 2013, analistas esperam a volta do aumento do juro para conter a inflação. Pelas previsões coletadas pelo levantamento, a taxa Selic deve terminar o próximo ano em 8,5%, o que indica aumento de 1 ponto porcentual no decorrer de 2013, mesma estimativa observada na pesquisa da semana passada.

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    A pesquisa Focus mostra ainda manutenção das expectativas para o juro médio neste ano em 8,53% pela quinta semana seguida. Para 2013, a expectativa da Selic média seguiu em 7,88%, ante 8,17% observados um mês atrás.

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    Inflação

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    A estimativa para o IPCA em 2012 teve alteração nesta pesquisa Focus. A mediana das estimativas para a inflação oficial neste ano passou de 4,87% para 4,92%. Há quatro semanas, estava em 4,95%. Para 2013, a projeção não sofreu alteração e manteve-se em 5,50% pela quarta semana seguida.

    A estimativa para a inflação nos próximos 12 meses também subiu e avançou de 5,53% para 5,56%, conforme a projeção suavizada para o IPCA. Há quatro semanas, estava em 5,48%.

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    Nas estimativas do grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções, o chamado Top 5 da pesquisa Focus, a previsão para o IPCA em 2012 no cenário de médio prazo subiu de 4,85% para 5,04%. Há um mês, o grupo apostava em alta de 5,02%. Para o ano seguinte, a estimativa manteve-se em 5,50% pela sexta semana seguida.

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    Entre todos os analistas ouvidos pelo BC, a mediana das estimativas para o IPCA em julho subiu pela quarta semana seguida e passou de 0,21% para 0,25%. Para agosto, a previsão subiu de 0,29% para 0,31%. Quatro semanas antes, o grupo esperava altas de 0,18% e de 0,29%, respectivamente para cada um dos meses.

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    A média das previsões do mercado financeiro para o IPCA em 2012 também subiu na pesquisa Focus. De acordo com o levantamento, a média subiu de 4,85% para 4,92%. Para 2013, em trajetória contrária, a média caiu de 5,53% para 5,50%. Para 2014, a média das expectativas para a inflação oficial oscilou ligeiramente para baixo, de 5,22% para 5,21%.

    A projeção para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) em 2012 subiu mais uma vez e já alcançou a casa dos 7%. A mediana das estimativas para o indicador este ano avançou de 6,33% para 7,00%. Quatro semanas atrás, analistas esperavam alta de 5,90%. Para 2013, a aposta também aumentou e passou de 4,90% para 5,00%, ante 4,90% de um mês atrás.

    Para o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que corrige a maioria dos contratos de aluguel, a expectativa para 2012 também subiu e passou de 6,18% para 6,43%. Quatro semanas atrás, o mercado previa alta de 5,70%. Para 2013, a estimativa do IGP-M seguiu em 5% pela 12ª semana seguida.

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    A pesquisa também mostrou que a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em 2012 seguiu em 4,51%. Há um mês, a expectativa era de alta de 4,54% para o índice que mede a inflação ao consumidor na capital paulista. Para 2013, a mediana das estimativas para o IPC da Fipe manteve-se em 4,85%. Há quatro semanas, estava em 4,96%.

    Economistas reduziram ainda a estimativa para o aumento do conjunto dos preços administrados – as tarifas públicas – em 2012 de 3,60% para 3,50%. Um mês atrás, a previsão estava em iguais 3,50%. Para 2013, a previsão de alta dos preços administrados caiu após 127 semanas seguidas de números inalterados, recuando de 4,50% para 4,45%.

    Câmbio

    O mercado financeiro manteve todas as estimativas para o comportamento do dólar nos próximos meses na pesquisa Focus realizada pelo Banco Central. A mediana das expectativas para a taxa no fim deste ano seguiu em R$ 1,95 pela quinta semana. Para o fim de 2013, a estimativa também se manteve em R$ 1,95. Há um mês, analistas previam dólar a R$ 1,90 no fim do próximo ano.

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    Na mesma pesquisa, o mercado financeiro não alterou a previsão de taxa média de câmbio para 2012, que segue em R$ 1,93. Para 2013, a estimativa de câmbio médio manteve-se em R$ 1,95. Há um mês, a pesquisa apontava que a expectativa estava em R$ 1,92 em 2012 e em R$ 1,91 no próximo ano.

    Produção industrial

    Pela oitava semana consecutiva, o mercado financeiro piorou a estimativa para o desempenho do setor industrial em 2012. Agora, espera queda da produção. A mediana das apostas para o segmento neste ano piorou de uma expansão de 0,09% para uma contração de 0,04%. Há um mês, analistas esperavam crescimento de 0,50% da indústria em 2012.

    Para 2013, o mercado manteve a previsão de recuperação do setor, e economistas preveem crescimento de 4,30% na produção industrial, melhor que a expectativa de 4,20% registrada há quatro semanas.

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    Apesar da piora das estimativas para a indústria, foi mantida a previsão de que a economia deve ter crescimento de 1,90% em 2012, a mesma feita na semana passada. Há um mês, economistas estavam mais otimistas e acreditavam que o Produto Interno Bruto (PIB) poderia ter expansão de 2,18%. Para 2013, o mercado prevê aceleração do ritmo do PIB, quando a economia deve crescer 4,10%. Quatro semanas antes, previa-se 4,20%.

    Na mesma pesquisa, foi mantida a expectativa de que o indicador que mede a dívida líquida do setor público em relação ao PIB deve terminar 2012 equivalente a 35,5%. Para 2013, a estimativa seguiu em 34% do PIB. Há um mês, analistas previam dívida equivalente a 35,7% do PIB em 2012 e a 34% em 2013.

    Contas externas

    O mercado financeiro reduziu a estimativa de déficit em transações correntes em 2012. A mediana das expectativas de saldo negativo este ano caiu de US$ 65 bilhões para US$ 62,15 bilhões. Há um mês, a expectativa apontava para saldo negativo de US$ 65 bilhões. Para 2013, a previsão de déficit nas contas externas, após quatro quedas seguidas, foi mantida em US$ 70,8 bilhões. Quatro semanas antes, analistas esperavam déficit de US$ 71,5 bilhões no próximo ano.

    Na mesma pesquisa, economistas mantiveram a estimativa de superávit comercial neste ano em US$ 18,04 bilhões. Para o ano seguinte, a previsão avançou de US$ 13,75 bilhões para US$ 13,78 bilhões. Um mês antes, analistas previam superávits da balança comercial de US$ 20 bilhões e de US$ 15 bilhões, respectivamente.

    A pesquisa mostrou ainda que a estimativa de ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED), aquele voltado ao setor produtivo, foi mantida em US$ 55 bilhões em 2012. Para o ano seguinte, a estimativa seguiu em US$ 59,5 bilhões. Há um mês, analistas esperavam entradas de US$ 55 bilhões e de US$ 59 bilhões, respectivamente, em cada um dos dois anos.

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