O Ministério Público deflagrou, nesta sexta-feira, a Operação Leite Compen$ado 4, que visa combater fraudes e adulterações na cadeia produtiva do leite. O órgão executou mandados de busca e apreensão em oito municípios do Rio Grande do Sul. Entre os produtos apreendidos estavam 600 quilos de soda cáustica, afirmou o MP. Outros produtos encontrados foram o formol, que é cancerígeno, e a água oxigenada.
O principal foco das investigações é o posto de resfriamento do laticínio O Rei do Sul, localizado na cidade de Condor. O proprietário do estabelecimento, Odir Pedro Zamadei, foi preso sob a acusação de receber, armazenar e distribuir o leite adulterado. Zamadei é reincidente: ele foi condenado pelo crime de adulteração em 2007.
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Segundo o MP, cerca de 300 mil litros de leite adulterado das marcas Parmalat e Líder chegaram a ser vendidos aos estados de São Paulo e do Paraná, especificamente nas cidades de Guaratinguetá (SP) e Lobato (PR). As duas marcas envolvidas pertencem à empresa LBR.
Em nota, a empresa afirmou que os lotes mencionados pelo MP haviam passado nos testes previstos pela legislação. “Assim que tomou conhecimento da possível contaminação na matéria-prima utilizada na fabricação de seus produtos, decidiu como medida preventiva, mesmo sem ter identificado anormalidades nos sucessivos testes realizados, recolher os lotes de leite UHT do mercado”, afirmou a empresa.
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