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MPF constata novo caso de adulteração no leite no RS

Quadrilha adicionava produtos químicos ao leite com a finalidade de mascarar a adição da água e aumentar o volume do produto final, elevando o lucro

Por Da Redação
7 nov 2013, 15h52

O Ministério Público do Rio Grande do Sul deflagrou nesta quinta-feira, em Três de Maio, noroeste do estado, uma nova fase da “Operação Leite Compensado”. Estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão em quatro locais. Entre o material recolhido estão anotações, notas fiscais e documentos, além de produtos químicos. Também há mandados de busca e apreensão contra três caminhões de transporte de leite, informa o Ministério em seu site oficial.

Conforme as investigações, o transportador Airton Jacó Reidel chefia uma quadrilha composta pela esposa dele, Rejane Dias, e pelos seus sobrinhos, Roberto Carlos Baumgarten e Laércio Rodrigo Baumgarten. Os dois últimos são os motoristas do grupo, enquanto Rejane é sócia do marido e proprietária de todos os bens adquiridos por meio do crime.

A quadrilha adicionava produtos químicos ao leite com a finalidade de mascarar a adição da água e aumentar o volume do produto final para, com isso, elevar a lucratividade. Isso causa redução do valor nutritivo do leite e sérios riscos à saúde dos consumidores. Além disso, eles também acresciam peróxido de hidrogênio (água oxigenada) para elevar a durabilidade do leite, já que o produto químico atua como bactericida. Na prática, o grupo comprava leite prestes a vencer por preço até 50% inferior ao do mercado e, após a manipulação com o peróxido de hidrogênio, repassava para a indústria. O produto elimina as vitaminas A e E e, em altas concentrações, prejudica a flora intestinal.

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A fraude foi detectada a partir de informes da Laticínios Bom Gosto (Grupo LBR) ao Ministério Público, a partir da assinatura de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para a melhoria do controle de qualidade do leite recebido. Três relatórios do laboratório da Univates, credenciado pelo Ministério da Agricultura, apontaram presença de água oxigenada, o que é proibido pelas normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

No início de maio, o Ministério Público gaúcho deu início à “Operação Leite Compensado”, na qual apurou que cinco empresas de transporte de leite adulteravam o produto cru entregue à indústria. Na ocasião, foram cumpridos dez mandados de prisão e oito de busca e apreensão nas cidades de Ibirubá, Guaporé e Horizontina.

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(com Estadão Conteúdo)

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