Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Indústria trava alta do PIB, mas retomada já começou

Cenário para 2012 é positivo e economia deve crescer 3,3% após governo acertar política monetária, dizem especialistas

Por Ana Clara Costa e Lucas Sampaio
6 mar 2012, 16h32
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Segundo economista, o Banco Central passou a corrigir seu próprio erro em agosto, quando iniciou a reverter o quadro monetário durante o segundo semestre

    Publicidade

    A economia brasileira não cresceu mais em 2011 devido ao baixo desempenho do setor industrial e ao erro na política monetária do governo no começo do ano passado, disseram especialistas consultados pelo site de VEJA após anúncio de alta de 2,7% do PIB no ano passado. Enquanto o avanço da economia foi puxado pelo aumento de 4,3% na arrecadação de impostos e 3,9% da agropecuária, a indústria avançou apenas 1,6%. O setor de serviços cresceu 2,7%.

    Publicidade

    Segundo Robert Wood, analista sênior do Economist Intelligence Unit para a América Latina, o crescimento ficou dentro das expectativas do mercado. “O destaque foi a confirmação que a indústria continua sofrendo”, diz Wood. “O quarto trimestre [crescimento de 0,3%] foi puxado para baixo pela indústria”.

    Para o analista, a revisão do PIB para retração de 0,1% no terceiro semestre não muda o cenário de recuperação com o relaxamento da política monetária. “Nós esperamos 3,3% de crescimento em 2012”. Segundo relatório Focus divulgado nesta terça-feira pelo Banco Central, o mercado espera a mesma projeção para a economia brasileira neste ano. O governo, no entanto, trabalha com outros números e espera crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2012 entre 4,5% e 5%.

    Publicidade

    Para atingir a meta, o governo trabalha com a possibilidade de implantar novas medidas de estímulo econômico. Segundo disse o ministro da Fazenda Guido Mantega nesta terça-feira, o governo deve conceder estímulos à indústria e trabalhar para que os bancos públicos possam reduzir juros e spreads bancários. O ministro, porém, não especificou quais medidas seriam adotadas para beneficiar a produção industrial.

    Continua após a publicidade

    Política monetária – A ação do governo para frear a alta da inflação no primeiro semestre do ano passado é vista como o motivo do resultado tímido do quarto semestre. “Como esperado, a economia brasileira terminou o ano passado com um crescimento desacelerado, diminuído pelas restrições monetárias impostas para combater a inflação”, diz Alfredo Coutiño, diretor da Moody’s Analytics para a América Latina.

    Publicidade

    Coutiño chama de “desnecessário” e “prematuro” o aperto monetário imposto. “[As medidas] deterioraram a competitividade da indústria”. Segundo o economista, o Banco Central passou a corrigir seu próprio erro em agosto, quando iniciou a reversão do quadro monetário durante o segundo semestre e passou a baixar os juros referenciais. “Graças à retificação monetária, o PIB começou a mostrar sinais incipientes de vida no fim de 2011”. Nesta quarta-feira, o Copom deve anunciar redução de 0,5 ponto percentual na taxa Selic (atualmente em 10% ao ano), aponta a última previsão do mercado medida pelo Banco Centrel (BC).

    Para este ano, o diretor da Moody’s também prevê um cenário otimista. “Este ano, a economia vai trabalhar sem as restrições do freio monetário e com o estímulo dos investimentos em infraestrutura necessários para a Copa do Mundo de 2014”.

    Publicidade

    Leia também

    Governo tomará medidas para acelerar crescimento

    Publicidade

    Em desaceleração, economia brasileira cresce 2,7% em 2011

    Consumo das famílias cresce em 2011

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.